O planejamento da equipe de astronautas não difere muito de outro tipo de planejamento no quesito imprevisibilidade

No filme "Perdidos em Marte", o astronauta Mark Watney, é enviado em uma missão extremamente arquitetada para Marte. Mesmo com todo planejamento, após uma grande tempestade de areia, o astronauta é deixado para trás, se vendo na necessidade de replanejar seus caminhos para sobreviver no planeta vermelho.

O planejamento da equipe de astronautas não difere muito de outro tipo de planejamento no quesito imprevisibilidade. E é assim também no plano orçamentário de uma empresa, que frequentemente se vê obrigada a reavaliar recursos e seguir o delineamento.

O planejamento orçamentário em empresas é, sem dúvidas, um processo crítico para aumentar a receita, a alocação de recursos e a conversão de estratégia em ação. Em analogia ao filme, os imprevistos acontecem muito mais rápido que antes, devido a velocidade de mudança decorrente do mercado.

PASSADO, PRESENTE E FUTURO

Com a guinada de planejamento por parte das empresas, conseguimos observar padrões de comportamento conforme o tempo e evolução do dinamismo do mercado. Há mais de 10 anos atrás, apesar de ainda ser usado por algumas empresas, se usava o planejamento "top – down", no qual o CEO/CFO projetava o orçamento da empresa inteira com base nos dados do ano passado.

Muitas vezes, por falta de know how da demanda de uma área, o orçamento era mal dimensionado, culminando na conhecida cultura do "se está orçado, será gasto" ou na insatisfação dos setores com verbas subdimensionadas. Desde a última década, as empresas passaram a ter times de FP&A (Financial Planning & Analysis), com qual surgiu a abordagem "bottom – up", descentralizando a criação do orçamento e permitindo que cada gestor fizesse seu próprio orçamento, submetendo-o para o superior.

Apesar de parecer um modelo otimizado, existe uma enorme dificuldade de operacionalização, visto que as planilhas dominam o mundo corporativo nesse tipo de planejamento, tornando-o suscetível a erros humanos e centenas de planilhas para serem alimentadas e consolidadas manualmente.

Atualmente, muitas empresas utilizam driver-based forecast: projeção de dados financeiros a partir de cálculos personalizados, que envolvem vários parâmetros operacionais. A empresa, por fim, não define apenas sua projeção financeira/ contábil no planejamento, mas também indicadores operacionais como projeção de headcount e definição de projetos estratégicos.

Aumentando a complexidade do processo e tornando ainda mais inviável sua execução por meio de planilhas. Surgem então, as plataformas de FP&A, com a capacidade de integrar os dados e modelar em uma plataforma o que seria feito no Excel. Para o futuro do planejamento orçamentário, surge o xP&A. O "X" vem da palavra "extended", pois o planejamento se estende além do financeiro, expandindo-se para toda a organização.

Os indicadores operacionais se tornam ainda mais presentes nos cálculos e passamos a nos basear mais em algoritmos de Data Science e dados externos à organização, suscitando em uma troca de foco do critério de projeção, de finanças para negócios.

A Gartner já prevê que 70% de novos projetos de planejamento serão de xP&A até 2024, estendendo o escopo de finanças para outras áreas. Nessa demanda futura surge o Mitra do presente, centralizando seu processo orçamentário em uma plataforma segura, sincronizando todos os sistemas, estendendo o planejamento de maneira ágil e possibilitando revisão de planos, indispensável em todos os aspectos, seja em uma missão em Marte ou no planejamento de uma empresa.

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