Entrevista com Wilson de Godoy Soares, CEO do TOTVS Serra do Mar
Postado porLuciano Itamar
em 04/07/2016 em EntrevistasCom uma operação que se iniciou a partir de um desafio de empreendedorismo, unidade localizada dentro do estado de São...
Com uma operação que se iniciou a partir de um desafio de empreendedorismo, unidade localizada dentro do estado de São Paulo tornou-se um dos destaques dentro da estratégia comercial e de atendimento da TOTVS S/A.
Conte-nos um pouco de como surgiu a franquia Serra do Mar.
A TOTVS Serra do Mar nasceu em uma conversa minha com o Laércio Cosentino, onde estávamos discutindo minha sucessão e ele me perguntou se eu gostaria de continuar no ecossistema TOTVS depois de minha saída da corporação. Sempre morei em Santo André e o Laércio propôs que eu estruturasse uma operação para cuidar dos clientes do ABC e do litoral paulista. Aceitei o desafio e hoje contamos com uma operação que vem crescendo bastante. Hoje já temos mais de 120 pessoas trabalhando conosco. A grande missão da TOTVS Serra do Mar foi fazer-se presente no dia a dia dos nossos clientes. Nos aproximamos e temos conseguido melhorar nosso NPS (Net Promoter Score), índice que mede a satisfação dos clientes.
Dentro do portifólio TOTVS, quais são os segmentos atendidos pela unidade hoje?
Dentro do portifólio TOTVS atendemos hoje os segmentos de Servicos, Construção e Projetos, Educacional, Manufatura, Distribuição, Logistica, Varejo e Saúde.
Atendimento e relacionamento com o cliente ? palavras simples, conhecidas por todos, mágicas, mas que nem sempre são executadas com a responsabilidade e eficiência que precisam. Como o mercado de software de gestão tem avançado neste sentido? Qual a importância destes pilares dentro da estratégia do fornecedor?
Atendimento e Relacionamento são conceitos que se baseiam em proximidade. Ficar próximos é estar perto todo o tempo e poder compartilhar estratégias e boas práticas. Se olharmos com atenção percebemos que a TOTVS se diferencia em relação aos seus concorrentes por colocar em seu modelo de trabalho a necessidade desta proximidade, começando pela proximidade física.
A TOTVS matriz tem anunciado recentemente grandes alterações em sua estrutura interna. Algumas empresas tem feito o mesmo. Naturalmente a situação de desequilíbrio econômico e político do pais influenciaram, mas parece não ser esta a única razão. Estamos falando em correção de rota? O que está mudando no mercado?
Não posso e não devo responder pela TOTVS matriz, mas vejo que as mudanças fazem parte das organizações dinâmicas e que podem ser aceleradas ou freadas em função do momento econômico. Quanto ao mercado, sim, ele realmente está mudando, principalmente em função das experiências vividas diretamente com os usuários finais. O modelo de comercialização de software na modalidade de serviço, por exemplo, nasceu de demandas de usuários finais e pequenas organizações corporativas e tem tomado o mercado de uma forma bastante importante. A possibilidade de aquisição do software conforme uso o tornou acessível a um novo grupo de clientes.
Como você avalia o atual mercado brasileiro de softwares de gestão do ponto de vista da aderência da ferramenta, ou seja, a capacidade que os fornecedores tem de oferecer uma solução que esteja cada vez mais alinhada com as expectativas do usuário?
Vejo uma evolução ao longo dos anos, mas vejo também que o ?driver? principal da indústria de software mudou. Até um passado recente as necessidades corporativas direcionavam os investimentos da indústria de software. Hoje é diferente; é o indivíduo (usuário final) que direciona esses investimentos, ou pelo menos a maioria deles.
Você teve o seu momento de virar a chave do modo funcionário para o modo empreendedor. Em um país de grandes oportunidades, porém com muita complexidade, quais são os grandes desafios para se empreender no mercado de TI.
O grande desafio do empreendedor é saber extrair das dificuldades do dia a dia boas idéias que servirão para fazer um amanhã melhor para o seu negócio. Vejo também que empreender, muitas vezes, é tomar decisões mais solitárias. Mas se estivermos preparados para este momento, a contra-partida será positiva.
Se pudesse citar cinco premissas que estarão presentes na estratégia de posicionamento do fornecedor competitivo do futuro, quais seriam elas?
Em minha opinião estas premissas serão fundamentais: respeito ao ecossistema (toda a a cadeia, desde os fornecedores até os clientes), transparência, velocidade na execução, conhecimento do negócio e adaptabilidade.
Por: Editorial
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Luciano Itamar
em 04/07/2016 em Entrevistas