Tecnologia e informações integradas ajudam empresas no controle de riscos
Postado por Rodrigo Amato,Fundador e CEO da Mark 2 Market em 08/04/2021 em ArtigosPara alguns gestores, o fechamento de trimestre pode ser motivo para aquele ‘frio na espinha’. E não poderia ser diferente, a falta de otimização dos processos financeiros pode ser um problema para as empresas.
Sem o uso potencial da tecnologia, há manutenção de um fluxo de trabalho burocrático, que ainda pensa de forma analógica. O método, muitas vezes feito a partir de planilhas, além de trabalhoso, é sujeito a muitas falhas (naturais e esperadas), mas que depois no futuro podem gerar prejuízo, seja no refazer do trabalho, como nos custos operacionais extras.
A resposta para tudo isso pode estar, muitas vezes, na adoção de novos facilitadores disponíveis no mercado.
As companhias de capital aberto, em especial, precisam demonstrar eficácia de todos os controles e processos existentes, o que torna a consolidação das contas bastante desafiadora.
Entre as obrigações podemos mencionar a confecção e revisão das notas explicativas das demonstrações financeiras o que inclui relatórios de variação do saldo da dívida ou dos derivativos, cálculo de sensibilidade à cenários adversos, e para empresas que operam com derivativos e aplicam o hedge accouting, é necessário a demonstração de efetividade do programa de hegde.
E por falar em hedge, é aí que também pode acender o sinal amarelo para os gestores em um momento de brusca queda no valor do real perante outras moedas internacionais.
Principalmente as companhias atuantes no comércio exterior, ou mesmo aquelas que têm partes relevantes de seus custos ou despesas atreladas ao câmbio, têm direto impacto no desempenho econômico-financeiro do negócio. Por conta disso, a avaliação do risco cambial junto à aplicação contábil adequada, favorecem a previsibilidade de cenários ao travar a taxa de câmbio de conversão futura.
Salvas algumas exceções que se beneficiam da desvalorização do real e a enxergam como uma oportunidade comercial ou competitiva, falhas na avaliação do risco cambial acarretam em custos extras na contratação adicional de hegde, e muitas vezes estão sujeitos a controles manuais e mais suscetíveis a erros.
E mais uma vez, a tecnologia de algumas plataformas que já se fazem presentes no mercado, pode colaborar na visão consolidada da exposição cambial, os quais proporcionam atualizações rápidas, contextualizadas, trazendo mais velocidade na tomada de decisões e assim afetando positivamente os resultados da companhia.
A otimização de dados e relatórios por meio da tecnologia, é também facilitadora durante processos de auditoria, os quais asseguram a credibilidade dos números demonstrados em resultados. Durante esse processo, os auditores precisam entender minuciosamente as atividades da empresa, e quanto mais analógico forem esses controles, maior será o tempo para investigação, tornando o percurso mais moroso para todos.
Ao final, é preciso apresentar todos esses dados ao mercado conforme determinam as regulamentações vigentes. Do contrário, até mesmo pequenos erros acabam interferindo em todo o fechamento trimestral levando ao risco de cálculo incorreto do valor de mercado da empresa, afetando sua imagem perante aos investidores e acionistas.
Em resumo, a automatização de processos, seja de tesouraria ou de derivativos, e que vem sendo impulsionada de certa forma pela digitalização acelerada trazida pela crise sanitária, traz robustez nos controles, segurança e mitigação de riscos, seja na prestação de contas ou nas operações.
Não há dúvidas sobre os benefícios que as plataformas eletrônicas trazem para as empresas, sejam elas de capital aberto ou não, que em comum levam a melhores práticas de mercado.