A operação, que vai visar uma participação maioritária no capital da fintech, pretende alargar o portfólio de soluções SAP para as direções financeiras das empresas, refere a fabricante alemã de software

A SAP fechou as contas de 2021 e pretende iniciar uma nova aquisição da Taulia, companhia especialista em soluções de gestão de capital circulante e crédito a empresas.

A operação, que vai visar uma participação maioritária no capital da fintech, pretende alargar o portfólio de soluções SAP para as direções financeiras das empresas, refere a fabricante alemã de software. A Taulia vai continuar a operar como empresa independente e com marca própria, o que significa que vai continuar a fazer chegar soluções ao mercado sem qualquer ligação à SAP.

“As difíceis condições económicas e as perturbações verificadas nas cadeias de abastecimento aumentaram significativamente a procura pelo pagamento antecipado, pelo que o mercado de gestão de capital circulante tem registado um forte crescimento”, reconhece a SAP numa nota de imprensa.

Atualmente, mais de 80% da base de clientes da empresa utiliza o ERP da SAP, um número que foi tido em em conta na operação e que a SAP quer potenciar, prometendo fazer das soluções da Taulia uma oferta de gestão de capital circulante da SAP. Dentre as soluções da empresa destacam-se as de financiamento, asseguradas por parceiros como a JP Morgan (acionista da empresa), UniCredit, entre outros. A SAP pretende convidar outras instituições financeiras para gerirem o capital circulante dos seus clientes na plataforma.

Na semana passada a SAP anunciou também os resultados financeiros, impulsionados pela performance dos serviços de cloud, que têm sido uma das grandes apostas da empresa. As receitas da SAP avançaram para 7,9 bilhões de euros nos últimos três meses de 2021 e fixaram-se nos 27,8 bilhões de euros no ano completo, crescendo 2% face a 2020.

“Cada vez mais empresas estão a escolher a SAP para as ajudar a transformar os seus negócios, construir cadeias de fornecimento resilientes e tornar-se empresas sustentáveis à medida que se deslocam para a nuvem”, indica o CEO, Christian Klein, em comunicado da empresa.

Os serviços cloud asseguraram mais de 9,4 bilhões de euros em receitas, num crescimento de 17% face ao ano anterior. Os lucros operacionais no ano em análise fixaram-se nos 8,2 bilhões de euros. À luz das normas IFRS caíram 30%, para os 4,7 bilhões.

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