A empresa pretende faturar R$ 330 milhões neste ano com as aquisições e, até 2025, adquirir 85 empresas para atingir R$ 4 bilhões em faturamento

A Nuvini, plataforma de software as a service (SaaS), adquiriu a Mercos, companhia sediada em Joinville de automação de força de vendas e e-commerce B2B para indústrias, distribuidoras e representantes comerciais.

Recentemente, a Nuvini adquiriu as empresas: Onclick (soluções de gestão empresarial), Dataminer (big data), a Leadlovers (ferramenta de automação de marketing digital), a Effecti (solução de e-procurement em compras públicas) e a Ipê Digital (solução de gestão online para óticas).

A Nuvini pretende faturar R$ 330 milhões neste ano com as aquisições. Até 2025, o foco é adquirir 85 empresas para atingir R$ 4 bilhões em faturamento e R$ 1 bilhão em EBITDA. 

“Observamos no mercado uma intensa atividade de fusões e aquisições e vimos que era o momento certo para buscar a venda e trazer retorno para nossos acionistas e investidores”, afirma o CEO da Mercos, Tiago Brandes. 

O objetivo da companhia são empresas rentáveis nos segmentos de marketing, ferramentas de finanças e produtividade com faturamento entre R$ 20 milhões e R$ 50 milhões. As empresas devem ter um crescimento de 20% a 25% anual.

A empresa catarinense conta com 99 colaboradores, 30 mil usuários, 6.500 clientes e cerca de R$ 40 bilhões movimentados anualmente em seu sistema. Devido a pandemia, em abril de 2020, a empresa cortou 40% da sua equipe, demitindo 51 profissionais, e deixando o time total em 74. Contudo, pretende fechar o ano de 2021 com R$ 27 milhões, um aumento de 35%.

“O aplicativo facilita a entrada de pedidos, evitando erros operacionais, possibilita o monitoramento em tempo real da performance do time comercial e garante que a política comercial seja aplicada na ponta, aumentando o controle sobre as negociações e a rentabilidade de cada venda”, afirmou Brandes.

No ano passado, a Mercos fechou com R$ 20 milhões, uma alta de 11% comparado aos resultados de 2019. Foi menos do que os 40% que a empresa registrou entre 2018 e 2019 e abaixo da meta de R$ 25,2 milhões estabelecida antes da pandemia. 

“O e-commerce B2B atua diretamente na transformação digital desse mercado, permitindo que as empresas vendam online para seus clientes varejistas”, explicou Brandes.

O modelo de negócio é criar uma holding que centralize backoffice, governança e outras atividades operacionais, deixando as empresas cuidarem de produtos, marketing, pessoas e tecnologia.

Mercos

A Mercos, fundada em 2010 por Tiago Brandes, Celso Tonelli e Rafael Trapp, recebeu investimentos Série A em 2015 dos fundos Qualcomm Ventures e Monashees Capital. Em 2017, foi uma das seis empresas brasileiras selecionadas pelo Google para participar do programa de aceleração Google Launchpad, no Vale do Silício.

Em 2018, a antiga  plataforma “Meus Pedidos” passou a se chamar Mercos, com forte atuação no segmento de pequenas e médias empresas.

 

Créditos: Leonardo Waltrick/ Foto: Rafael Trapp (diretor de operações e cofundador da Mercos), Tiago Brandes (CEO da Mercos), Celso Tonelli (diretor de produto e fundador da Mercos)