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IoT não é mais uma ferramenta do futuro

Postado por Yuri da Cunha, Especialista de comércio exterior eCOMEX em 11/12/2019 em Artigos

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Como o próprio nome sugere, a ideia remete a dispositivos conectados à internet, desde celulares a eletrodomésticos, que possam dialogar com outros sistemas ou entre si. Exemplos estão em todos os lugares e não param de se diversificar.

Um ponto importante é que talvez você não tenha, necessariamente, percebido a IoT na sua vida. Nem sequer sabia que esse era o nome dessa nova tecnologia.

Existem casos no mundo inteiro, inclusive no Brasil, que definem com exatidão a crescente importância da IoT. Afinal, através desta tecnologia é possível ajudar na organização do trânsito, nos cuidados agrícolas, na medicina. Para nós, de Comércio Exterior e Logística Internacional, observaremos com maior frequência o aprimoramento do planejamento e o aumento da eficiência da fiscalização.

Um estudo promovido pelo Grupo Gartner aponta que em 2020 o número de “coisas” conectadas à internet será de 25 bilhões. Esse número, simplesmente, não para de crescer, combinando o contínuo avanço da tecnologia e a expansão da própria internet no mundo.

Segundo dado divulgado em 2018 pela União Internacional de Telecomunicações, da Organização das Nações Unidas, 51,2% da população mundial tem acesso à internet. Dessa maneira, podemos concluir que o IoT não é apenas uma tendência, mas uma certeza em nossas vidas, tanto em âmbito pessoal quanto laboral. Com o avanço da conectividade do brasileiro, projetos dessa tecnologia terão maior receptividade.

1) Brasil

Em 2018, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social) e o MCTIC (Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações) receberam 54 propostas de soluções utilizando Internet das Coisas, totalizando investimento de R$ 360 milhões.

A maioria dos projetos está voltada para cidades inteligentes (como videomonitoramento para segurança pública, semáforos inteligentes e iluminação com gastos reduzidos) e na área de saúde (como higienização de equipamentos hospitalares e monitoramento de pacientes em hospitais).

Destacamos que esses números não contabilizam as iniciativas que estão sendo desenvolvidas também nas Universidades, com projetos financiados pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).

No Brasil, não estamos apenas em fase de estudos e protótipos. No Paraná, a gestão do lixo pôde ser aprimorada com um sistema inteligente presente nas lixeiras, que tornou possível a emissão de avisos à central responsável por essa gestão quando as lixeiras estão cheias. O acúmulo do lixo foi reduzido, bem como o índice de enchentes causadas devido à sobrecarga das lixeiras, e a eficiência das rotas dos caminhões foi aumentada.

2) Coreia do Sul

O país asiático é conhecido pela qualidade e rapidez da internet. Por outro lado, a hiperconectividade com o uso dos smartphones trouxe riscos relacionados à segurança dos cidadãos na mobilidade urbana.

Pensando na segurança dos pedestres, pesquisadores sul-coreanos desenvolveram o aplicativo Watch Out, o qual alerta a pessoa que está utilizando o celular e atravessará a rua na faixa sinalizada, porém o sinal está vermelho. Esse aviso ao usuário é enviado automaticamente, pedindo-lhe para olhar a movimentação dos veículos.

3) Espanha

A IoT Analytics – empresa voltada para insights de mercado nas áreas de IoT, M2M e Indústria 4.0 – realizou uma pesquisa envolvendo 640 projetos de IoT e concluiu que 20% deles tem relação com cidades inteligentes e conectadas. Nesse sentido, Barcelona, que é um hub europeu de startups, vem usufruindo das vantagens de diversos projetos, mas um chama atenção em específico: o sistema de irrigação inteiramente inteligente, evitando o desperdício de água.

A irrigação de parques e jardins é controlada sistemicamente. Sensores foram instalados para captação de informações relacionadas à temperatura, velocidade do vento, umidade, entre outros fatores, para uma tomada de decisão mais consciente sobre a quantidade de água realmente necessária.

4) Canadá

Dissemos no início que IoT também está sendo aplicado na agricultura. Pois bem, em Ontário, Canadá, as videiras de uma grande vinícola receberam sensores, que são carregados através de painéis solares, em época de temporada de icewine (vinhos feitos a partir de uvas congeladas.

Essa tecnologia foi adotada visando a coleta de informações mais precisas sobre os níveis de água e umidade das plantações e a temperatura. Esses sensores geram informações que são automaticamente processadas por computadores, que auxiliam na prevenção de doenças e a potencialização da produção de vinhos.

E a área de Logística Internacional e Comércio Exterior?

Atualmente, a cadeia varejista está implementando projetos de IoT e colhendo frutos dessa maior conexão. Um dos projetos está relacionado à quando o RFID da mercadoria é lido no caixa do supermercado, uma informação é enviada diretamente ao fornecedor, que está controlando o estoque das suas próprias mercadorias em determinada loja. O sistema do fornecedor, então, dispara uma ordem de expedição interna.

As etapas de controle de estoque e de expedição foram, dessa maneira, automatizadas com uma grande precisão, e o custo de manutenção do estoque foi reduzido, entre outros benefícios. Entretanto, estamos apenas no início de inovações disruptivas em nossa área.

Não podemos nos esquecer que a IoT, conforme indicado anteriormente com exemplos em cidades, também trabalhará em benefício à fiscalização. Pode-se vislumbrar, por exemplo, os lacres eletrônicos inteligentes e as imagens geradas pelo escâner sendo processadas por uma inteligência artificial (ou um machine learning), cruzando dados dos CNPJs envolvidos na operação, para identificar cargas que tenham um maior risco e essas sejam fiscalizadas durante o trajeto. Isso, definitivamente, aumentaria a assertividade das autoridades.

O crescimento da aplicação da Internet das Coisas

Vemos inúmeros projetos serem lançados com base na conectividade de dispositivos à internet. Mas desafio a todos nós arriscarmos em pensar um passo à frente: como farei a IoT conversar com o Blockchain? Quais são as pontes necessárias, através de IoT, para que dois machines learnings conversem? Como posso fazer que simulações sistêmicas se tornem mais autênticas e atualizadas através de IoT? Em quais dados capturados através de IoT devo estar focado para que ferramentas de Big Data e Análises Preditivas sejam mais eficientes?

Alguém quer arriscar até onde vamos com IoT? Façam suas apostas!

Postado por Yuri da Cunha, Especialista de comércio exterior eCOMEX em 11/12/2019 em Artigos

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