Relatório sobre cibersegurança revela que crime cibernético gera prejuízo de quase US$ 600 bilhões para a economia mundial
Postado porDaniela Quintana
em 20/02/2018 em Notícias TechOutro ponto destacado pelo relatório é sobre o "crime cibernético como serviço", que está mais sofisticado, com número crescente de...
Outro ponto destacado pelo relatório é sobre o "crime cibernético como serviço", que está mais sofisticado, com número crescente de mercados que oferecem uma ampla variedade de ferramentas e serviços, como kits de exploração, malware personalizado e aluguel de botnets. O anonimato de criptomoedas como Tor e Bitcoin protege os criminosos ao dificultar sua identificação.
Segundo análise e dignóstico do estudo, a maior padronização dos dados sobre ameaças e melhor coordenação das necessidades de cibersegurança poderiam reforçar a segurança, principalmente em setores-chave, como o financeiro.
"O mundo digital transformou praticamente todos os aspectos de nossas vidas, influenciando até mesmo o crime e os riscos. Consequentemente, o crime está mais eficiente, menos arriscado, mais lucrativo e mais fácil de praticar do que nunca", afirma Steve Grobman, CTO da McAfee. "No caso do ransomware, por exemplo, os criminosos podem terceirizar grande parte do seu trabalho para prestadores de serviços especializados. Os provedores de nuvens de 'ransomware-como-serviço' adaptam os ataques para atingir milhões de sistemas. Esses ataques são automatizados e requerem o mínimo de intervenção humana. Para agravar o problema, as criptomoedas facilitam e aceleram a obtenção de lucros, além de minimizar o risco de prisão. Infelizmente, a cifra de US$ 600 bilhões associada ao crime cibernético reflete como os avanços tecnológicos transformaram a economia do crime de forma tão profunda como todas as outras partes da nossa economia."
De acordo com o relatório, os bancos continuam sendo o alvo favorito dos criminosos cibernéticos, e estados-nação em conflitos internacionais são a fonte mais perigosa de crimes cibernéticos. Rússia, Coreia do Norte e Irã são os países que mais realizam ataques hacker em instituições financeiras, enquanto a China é o país mais ativo em espionagem cibernética.o que reflete a proficiência de sua comunidade de hackers e seu desrespeito pelas leis ocidentais", afirmou James Lewis, vice-presidente sênior da CSIS. "A Coreia do Norte é a segunda da lista, já que o país se vale do roubo de criptomoedas para ajudar a financiar seu regime político. Além disso, há um número crescente de novos centros de crime cibernético que, além da Coreia do Norte, incluem Brasil, Índia e Vietnã."
O relatório avalia o crime cibernético na América do Norte, na Europa, na Ásia Central, na Ásia Oriental e na região do Pacífico, na América Latina e no Caribe, na África Subsaariana, no Oriente Médio e no Norte da África. Como era de se esperar, os prejuízos gerados pelo crime cibernético são maiores nos países mais ricos. No entanto, os países com os prejuízos mais altos (percentual da renda nacional) são nações de nível econômico intermediário que são digitalizadas, mas não totalmente proficientes em segurança cibernética.
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O relatório também apresenta algumas recomendações sobre como lidar com o crime cibernético, tais como:
- Implementação uniforme de medidas de segurança básicas e de investimento em tecnologias de defesa
- Maior cooperação entre as entidades de segurança pública internacionais
- Maior coleta de dados por parte das autoridades nacionais
- Aumento da padronização e da coordenação das necessidades de segurança cibernética
- Avanço da Convenção de Budapeste, um tratado formal sobre o crime cibernético
- Pressão internacional aos países que são polos de crime cibernético
Fonte: Redação
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Daniela Quintana
em 20/02/2018 em Notícias Tech