Segurança financeira e poder analítico: o futuro está nos dados

Quando o debate é centralizado no avanço tecnológico sobre empresas dos mais variados portes e segmentos, existe um elemento comum que, geralmente, costuma assumir um protagonismo inegável para o bom funcionamento de novas soluções. Os dados, personalizados em informações de origens diversificadas e finalidades distintas, estão no centro de mudanças que miram a transformação digital de processos. E não por acaso, também apontam para um futuro que já teve início no setor financeiro do Brasil.

De acordo com um estudo intitulado “Mercado Brasileiro de Software - Panorama e Tendências 2022”, elaborado pela Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes), o uso de dados no país deve atingir a casa dos R$ 14,9 bilhões, referente a 2022. Com base, ainda, no referencial técnico oferecido na pesquisa, é possível afirmar que cada vez mais organizações se encontram em um ritmo informacional acelerado.

Entretanto, muitas companhias necessitam amadurecer o uso estratégico destas informações. Dentro do contexto financeiro, a demanda é intensificada. Não há margem para erros ou abordagens inefetivas, e qualquer mau uso de dados pessoais pode comprometer a continuidade e até a conformidade do negócio sob o espectro legal. Sem dúvidas, o momento nunca foi tão propício para, ao menos, começar a conceder o devido valor aos materiais armazenados e movimentados internamente.

Segurança é base para consolidação analítica

Antes de se pensar em iniciativas voltadas para a inteligência analítica, é de suma importância que a área financeira seja amplamente automatizada. Isso significa, em outras palavras, delegar à tecnologia etapas rotineiras do cotidiano operacional, que pouco agregam valor à estratégia traçada por equipes envolvidas -- estas que, com o aporte tecnológico, terão disponibilidade e tempo hábil para trabalhar em atividades de alto teor subjetivo, a exemplo de políticas de relacionamento ou métodos inovadores para otimizar procedimentos específicos.

Após a fortificação do ambiente interno, tendo em vista a garantia de que todas as informações, sem exceções, permanecerão em um sistema seguro e confiável, abre-se portas para que o departamento avance com medidas inovadoras em termos digitais. Na prática, a análise de dados pode ser convertida em insights proveitosos, a fim de proporcionar resoluções seguras para objetivos simples ou complexos, de ponta a ponta.

Seguindo essa linha de raciocínio, um sintoma bem-vindo é o potencial fornecido para cada momento de tomada de decisão - os profissionais, respaldados por parâmetros analíticos, acabam por contribuir para um dia a dia orientado a decisões assertivas. Como resultado, o gestor poderá evidenciar menos ações equivocadas ou recursos aplicados com pouca aderência. Invariavelmente, reúnem-se as condições ideais para um campo financeiro de alta eficiência.

Por fim, as razões para que lideranças caminhem rumo à automatização são numerosas, e com os dados encabeçando um vasto universo a ser explorado, priorizar pilares de segurança e inteligência analítica é sinalizar positivamente para uma série de oportunidades processuais e estratégicas, convergentes com um segmento financeiro que já não aceita meios-termos, no qual adotar uma postura 4.0 deixou de ser uma tendência para se confirmar como um requisito praticamente obrigatório.

Foto: Alessandro Dall Orto, CEO da Dupay