Conceitos como Agro 4.0 e IoTA (no português, Internet das Coisas Agrícolas) já não são mais um mistério para o setor da agricultura. E a temática da quarta geração do agronegócio faz ainda mais sentindo quando o assunto é a produtividade de alimentos. 

Um estudo elaborado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura no Brasil, em conjunto com a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) já prevê que a produção de alimentos mundial precisa crescer 70% até 2050. Atrelado ao aumento da população mundial, isso faz com que uso de tecnologias no campo deve ser cada vez maior, a fim de trazer respostas mais ágeis e econômicas. 

No Brasil, o cenário Agrotech já é uma realidade que vem auxiliando os empresários e agricultores a aumentarem a produtividade. No final do ano passado, a consultoria 360 Research & Reports inclusive já desenhou o possível cenário, por meio do estudo Agricultura Digital 2021. Em relatório divulgado, a instituição prevê um aumento de 183% do uso de tecnologias de software e hardware no desenvolvimento do agronegócio até 2026. 

As movimentações acompanham a fala do Secretário-Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), António Guterres, que alertou sobre a crescente falta de alimentos ao redor do mundo. Em sua fala, o representante destaca uma possível crise na agricultura, que dentre fatores já citados, como o aumento da população, também esbarra em altos preços para a produção. 

Pensando nisso, a DB1 Global Software, especializada no desenvolvimento de software sob demanda, reuniu alguns dados no que diz respeito ao casamento entre o agronegócio e tecnologia. O material, “Inovação digital e agronegócio: cenário da tecnologia no setor”, foi transformado em uma landing page gratuita e consultiva, e reúne principais números de pesquisas que trazem conceitos e tendências para quem precisa acompanhar a transformação digital. 

Dados como falta de conexão e a dificuldade com a modernização, previsões de aumento no investimento com o digital e transformações proporcionadas pela tecnologia são pontos abordados dentro do material, com base nas percepções dos produtores. A página também reúne as pesquisas atuais que apontam os principais investimentos, como aplicativos, infraestrutura, gestão de dados e segurança digital, bem como as tendências emergentes: equipamentos autônomos, big data, sistemas de gestão, automação de processo e entre outros. 

O diretor de Negócios da DB1 Global Software, Fernando Nicolodi, destaca que a união de forças que traduz o conceito de Agrotech tem dado certo e pode ser uma das respostas para quem trabalha no campo. Ele explica que, hoje, já existem sistemas de trabalhos que permitem uma empresa de tecnologia e uma de agricultura, por exemplo, a trabalharem juntas para oferecer soluções mais rápidas e que aumentam a produtividade e eficácia no campo. 

“A atuação de uma empresa de tecnologia, como a DB1 Global Software, deve ser agindo como ferramenta útil para desenvolver soluções que agilizam e aprimoram o trabalho de quem têm expertise dentro de um segmento. Hoje já existem vários modelos de parceria neste sentido, onde o principal objetivo deve ser com foco em promover essa transformação digital necessária para o agronegócio”, pontua. 

De acordo com o Diretor, a empresa do Grupo DB1 possui cases com empresas como Agrária, Belagrícola, Castrolanda, Coagru e AL5 Bank, do grupo Amaggi, e consegue ver na prática as melhorias que a tecnologia traz para o mundo agro.

Em um dos exemplos, ele lista o projeto desenvolvido com outro player, a Nano Beef, no qual foi elaborado um sistema capaz de identificar o perfil de crescimento do rebanho bovino, separando os animais com estrutura similar em piquetes específicos, adequando sua alimentação, e com isso economizando e aperfeiçoando os resultados: “Com um sistema de ultrassom, possibilitamos padronizar a alimentação bovina na medida certa, tornando eficaz o crescimento do rebanho economizando na quantidade de ração diária”, frisa. 

E no entendimento do executivo, é difícil prever e exemplificar modelos de desenvolvimento que podem facilitar a vida no campo, pois trata-se de um universo de possibilidades. “São várias cadeias envolvidas, que perpassam por planejamento do plantio, insumos, colheitas, venda de safras, análise de dados, venda de contratos antecipados, saúde animal, aperfeiçoamento genético, etc. O melhor de tudo: é possível fazer! E esse é um caminho sem volta para o agronegócio”, afirma. 

Por conta disso e pensando nessa busca, a DB1 Global Software oferece até mesmo uma POC - prova conceito, que segundo Fernando, é como se fosse um test drive. “Uma oportunidade de uma empresa do mundo agro desenvolver algo, como uma tela ou a reformulação de um sistema e verificar na prática a possibilidade de resultar em soluções mais ágeis e eficientes para atender um novo momento do mercado”, finaliza.