Pesquisa revela o impacto da pandemia para investidores de startups

Realizada pela Poli Angels e pela On the Go, estudo desenhou o panorama que muitas startups, que aguardam captação, se encontram e também apontou o cenário para os investidores anjos

A empresa On The Go, plataforma de pesquisa via chatbots, se uniu à Poli Angels, associação de investidores-anjo, composta predominantemente por alunos e ex-alunos da Escola Politécnica da USP, para realizar uma pesquisa quantitativa digital.

O levantamento tem como objetivo compreender como os investidores de startups enxergam a pandemia e o que muda com um novo cenário pós-pandemia no segundo semestre do ano. A pesquisa contou com a participação de 103 investidores de startups e foi realizada pela plataforma de chatbot da On The Go, para retratar o sentimento em relação a um dos momentos mais inconstantes da história global.

Entre os entrevistados, metade são investidores com menos de 2 anos de atuação e a outra parte é composta por investidores, que injetam dinheiro em startups há mais de 2 anos. O estudo destacou, que 43% dos anjos fundaram ou já trabalharam em startups, sendo que entre os experientes esse número é de 53%, mostrando assim um entendimento do negócio que vai muito além do capital financeiro.

Entre os segmentos mais populares, as fintechs se destacaram, presentes no portfólio de 42% dos entrevistados com mais experiência. Com relação ao perfil dos participantes, 63% dos investidores afirmam investir com grupos de anjos, como a Poli Angels, e 50% por conta própria. Porém, entre os investidores recentes, esse número cai para apenas 30%.

Quando questionadas sobre os 2 maiores desafios das startups durante a pandemia, 63% responderam ser mais complicado manter o faturamento, e 38% destacaram a necessidade de conquistar novos clientes. Com relação ao futuro, 32% afirmaram que é preciso definir metas realistas e 38% preferem captar novos investimentos. Quanto aos segmentos que tendem a se beneficiar durante a pandemia, na visão dos entrevistados, e-commerce / logística, agro, healthtech e edutech foram mencionados como vencedores. Já os mercados de turismo / viagens, varejo físico / retail e entretenimento / eventos, foram os mais afetados, de acordo com as respostas.

“Em um momento tão desafiador, a troca entre founders e investidores se torna ainda mais relevante e a pesquisa aponta que esse é o sentimento dos entrevistados. 47% dos investidores anjos tem falado muito mais com as startups contra apenas 7%, que têm falado menos. Nós, da Poli Angels, acreditamos que essa troca é essencial para atravessarmos esse período conturbado, para que possamos definir metas reais para o período atual.”, declarou Rubens Approbato, co-Founder da Poli Angels.

A visão da pesquisa sugere uma perspectiva muito particular da crise. Porém, cabe destacar que ela é a continuação do trabalho que a On The Go vem realizando desde o começo do isolamento social, ouvindo as pessoas e catalogando os sentimentos e mudanças comportamentais relacionados ao isolamento social.

“Em um momento de isolamento social, onde falar com as pessoas está cada vez mais difícil, uma plataforma de pesquisa por chat, como a da On The Go, nos permitiu acessar pessoas em diferentes estratos sociais em sua intimidade sem a necessidade da interação humana, permitindo continuar a pesquisa de mercado dentro da nova lógica Low Touch"., comentou João Calixto, Founder e CEO da On The Go.