Percentual de dispositivos corporativos obsoletos é o maior dos últimos seis anos
Postado porRedação
em 23/07/2014 em NotíciasDe acordo com o relatório anual da Dimension Data Network Barometer Report 2014 (publicado pela primeira vez em 2009) A pesquisa...
De acordo com o relatório anual da Dimension Data Network Barometer Report 2014 (publicado pela primeira vez em 2009)
A pesquisa deste ano foi compilada a partir de dados de tecnologia reunidos em 2013, com 288 avaliações tecnológicas cobrindo 74 mil aparelhos em organizações de todos os tamanhos e setores da indústria em 32 países. Somado a informações reunidas de 91 mil incidentes de trabalho registrados em redes de clientes suportadas pela Dimension Data.
Segundo Raoul Tecala, diretor de desenvolvimento de negócios para redes da Dimension Data, ?Ao longo dos últimos anos, vimos o percentual de dispositivos envelhecidos e obsoletos aumentar, e a suposição geral era de que um ciclo de revitalização da tecnologia era eminente. Apesar disso, nossas informações revelam que as organização estão enxugando seus ativos de rede por mais tempo do que o esperado?.
¹ Dispositivos que já não são vendidos, mas que ainda contam com suporte técnico do vendedor e com suporte de fornecedores limitado. Geralmente são aparelhos com três a cinco anos de uso.
² Dispositivos que já não contam com suporte técnico. Estes aparelhos possuem, no mínimo, cinco anos ou mais de uso.
De acordo com Tecala, há três principais forças por trás dessa tendência. Primeiramente, após as crises econômicas globais, as organizações estão mantendo o foco na redução de custos ? particularmente reduzindo os investimentos em CAPEX. Em segundo lugar, há uma crescente viabilização e utilização de modelos de consumo como TI-as-a-Service, que reduzem a necessidade das empresas em investir na sua própria infraestrutura. Finalmente, nós acreditamos que o advento de unidades de programação e redes definidas por software sejam responsáveis por fazerem as companhias ?esperarem e olharem? antes de se decidirem qual o modelo de estrutura selecionar e implementar a nova tecnologia ? um fator que esperamos que se torne mais influente nos próximos 18 a 36 meses.
?Esperamos que o aumento de cloud computing, mobilidade e do número de ?coisas? conectadas irá colocar uma pressão adicional sobre a rede e sobre os clientes que terão de voltar os olhares às suas arquiteturas de rede, e não aos dispositivos individuais?, explica Tecala.
Olhando para os dados em uma perspectiva regional, as Américas, Ásia Pacífico e Europa mostram notáveis crescimentos no percentual de aparelhos envelhecidos e obsoletos, enquanto a Austrália, e Oriente Médio e África (MEA) parecem ter melhorado ligeiramente em relação ao ano passado. ?Muitos desses aumentos podem ser explicados pela macroeconomia. Gastos com redes estão muitas vezes ligados às condições econômicas de cada região: ela diminuir em períodos lentos e acelera quando há crescimento?.
?No ano passado, a Austrália e MEA mostraram percentuais elevados (acima de 50%) de devices envelhecidos e obsoletos comparado aos números das Américas (37%), Europa (41%) e Ásia Pacífico (44%). Esta tendência reflete a baixa na economia da região MEA e da Austrália. Enquanto isso, a crise econômica na Ásia Pacífico inflacionou o volume de aparelhos ultrapassados. As Américas continuam seu crescimento constante, com altas taxas de dispositivos envelhecidos, embora não tão elevadas quanto em outras regiões?, acrescenta Tecala.
Outras estatísticas interessantes em torno do envelhecimento e da obsolescência das redes corporativas do Network Barometer Report incluem:
* Três verticais apresentaram grandes aumentos: Serviços financeiros (+13%); governo, saúde e educação (+11%); e provedores de serviços e telecomunicações (+33%). Nos serviços financeiros; governo, saúde e educação, o aumento do percentual de aparelhos ultrapassados e obsoletos apoia a visão da Dimension Data que as crises econômicas globais dos últimos anos continuam afetando alguns setores. O resultado é a tendência de enxugar os ativos de rede por mais tempo nessas verticais, devido à falta de recursos para atualização da tecnologia quando não é algo crítico.
* O setor de provedores de serviços e telecomunicações e o envelhecimento substancial dos ativos podem ter vários fatores. Companhias prestadoras de serviços e telecomunicações são tipicamente organizações mássicas com significante volume operacional e suporte a processo de gestão das infraestruturas de rede relativamente maduras. Essas empresas podem, portanto, se darem ao luxo de assumir o risco maior de redes ultrapassadas.
Provedoras de serviços também podem estar enxugando seus ativos implantados nos clientes. Em muitos casos, estes equipamentos servem principalmente como pontos de demarcação, ou como ?unidades de terminação de rede?, para a conectividade de rede fornecida pelo provedor de serviços. Assim, o provedor pode não exigir recursos avançados de dispositivos mais recentes, que é a principal motivação para a atualização ou upgrade de equipamentos.
?No geral, vemos organizações se tornando mais econômicas em suas abordagens, e mais dispostas a arriscar a ficar com dispositivos ultrapassados em prol da diminuição de gastos ? e algumas vezes evitando os custos CAPEX. De um modo geral, não há nada de errado com as organizações enxugarem seus ativos pelo maior tempo possível, sujeito a normas organizacionais e políticas de conformidade assim como planos de arquitetura de redes que atendam as necessidades dos negócios.?
?O mais importante que as organizações podem fazer para garantir que suas redes sejam capazes de dar suporte aos negócios é investir nas suas ferramentas de suporte operacional e de processos?, afirma Tecala, que aponta esse problema e a mudança de gerenciamento como particularmente importantes.
?Entretanto é melhor que as necessidades de negócios direcionem a arquitetura de rede corporativa, ao invés de atualizar o parque tecnológico simplesmente por uma questão de evitar a obsolescência?, finaliza.
Redação
em 23/07/2014 em Notícias