O alinhamento do Brasil com práticas globais de gestão financeira
Postado por Pedro Bono, CEO e cofundador na Receiv em 10/11/2021 em ArtigosDentro do contexto de avanço tecnológico sobre a área financeira, o Brasil é um dos países em convergência com a utilização de soluções em prol de mais eficiência e praticidade
Dentro deste contexto, o movimento de abertura de dados do sistema financeiro (Open Banking) tende a integrar ainda mais todo o ecossistema global de processos financeiros por meio da transmissão menos burocrática de informações (sempre com o consentimento dos clientes) e possibilidades de novas ofertas em termos de serviços, modelos operacionais da área financeira e processos de pagamento.
E, dada, a antecipação do país dentro deste movimento de abertura – junto com Reino Unido e Itália, o Brasil é um dos pioneiros do Open Banking, – a tendência é que o Brasil seja um dos líderes de um mercado que, já nos próximos cinco anos, deve movimentar US$ 43,1 bilhões globalmente, segundo dados divulgados pela PR Newswire, em uma jornada que está apenas se iniciando.
Outro fator importante no plano do alinhamento global de processos financeiros envolve uma maior abertura do país à diversificação e digitalização dos meios de pagamento – ponto que já é uma realidade em economias maduras e avança de modo expressivo no Brasil.
O perfil do mercado brasileiro frente às outras nações
Em um interessante estudo da McKinsey lançado em outubro de 2020, por exemplo, é apontado que, apesar da população brasileira ainda preferir, predominantemente, os pagamentos em dinheiro (cerca de 74%), a expectativa é a de que o país lidere (junto com outras economias emergentes como Índia, Indonésia e Tailândia) a nova onda de digitalização de pagamentos no pós-COVID-19. Não à toa, o estudo aponta que o Brasil é uma das economias em que os meios de pagamento eletrônico crescem em um ritmo superior a 10% anuais – acima de países como Estados Unidos, Japão e Reino Unido, por exemplo, cuja penetração dos meios de pagamento eletrônicos já é mais consolidada.
Em um plano global, é esperado que a indústria de meios de pagamento cresça a uma média de 10,2% até 2025, chegando a mais de R$ 120 bilhões em movimentação ao longo do período. Os dados são da Markets and Markets, consultoria que indica ainda que as razões para tal expansão envolvem o crescimento do e-commerce, do maior uso global de meios de pagamento contactless e da própria busca do consumidor por novas experiências de pagamento.
Por fim, vale citar ainda o maior uso de ferramentas digitais nos departamentos financeiros que contribuem para uma integração mais ampla dos setores que compõem a área financeira e de práticas que, guiadas pelo uso da tecnologia, fazem parte da realidade de empresas em todo o mundo.
O foco de todo este movimento, em contrapartida, gera benefícios que vão de uma maior eficiência nos processos gerenciais das empresas ao atendimento das expectativas de consumidores (B2B e B2C) ávidos por inovação, serviços ágeis e superação de suas expectativas. Além disso, a própria integração global do país no plano financeiro é um ganho que, avançando, pode nos tornar mais competitivos no cenário internacional, reduzindo as barreiras de crescimento do país.
Foto: Pedro Bono, CEO e cofundador na Receiv