Desenvolvida em 2017, em Londrina (PR), a startup Iris Pay nasceu para o mercado com a missão de oferecer uma tecnologia e que melhora a experiência dos consumidores e estabelecimentos quando o assunto é autosserviço para o consumo de líquidos e pastosos (Cervejas, Refrigerantes, Sorvetes etc).

Com seu primeiro produto para o mercado de automação de vendas de bebidas de forma fracionada, de tecnologia própria e patenteada, a empresa acaba de receber um aporte de R$ 3 milhões para expansão e crescimento da marca. A parceria inédita com o grupo de investidores Maringá Capital vem de encontro com a intenção de estruturar equipes e foco em expansão global. 

A tecnologia, além de otimizar a experiência do usuário, reduz o custo de operação dos estabelecimentos comerciais, abrindo mais de uma possibilidades de uso, como comercialização de mercadorias 24h por dia e sem a presença de colaboradores. O estabelecimento que possui uma geladeira e gostaria de transformá-la em uma vending machine, recebe o sistema, que é implantando por ele mesmo, em vista da praticidade da tecnologia.

Enquanto por meio do aplicativo da Iris Pay, o consumidor pode ir até ao ponto de venda e fazer a sua própria compra, efetuar a liberação do produto e realizar o pagamento apenas da quantidade consumida. Dessa maneira, qualquer pessoa que possui um CNPJ ativo para atuar no segmento pode transformar qualquer freezer ou geladeira em um espaço para venda. 

A operação foi um dos pontos que motivou o grupo Maringá Capital a direcionar os olhos à startup. “Vimos na Iris Pay três características que foram muito decisivas na decisão do investimento: um problema global relevante, uma equipe com as skills necessárias e com um nível de engajamento alto e uma tecnologia disruptiva”, resume o executivo da Maringá Capital Ulysses Rafael. 

O presidente do grupo, Ilson da Silva Rezende, reafirma a fala do executivo e cita que como a Maringá Capital é formada por empreendedores de diferentes áreas de atuação, os esforços às startups vão além do fornecimento de dinheiro, mas sim com aplicação de experiência e acesso a novos mercados. “Estamos confiantes no projeto e na equipe e ajudaremos a colocar mais uma empresa da região escalando globalmente", frisa. 

Ilson também cita que com essa tecnologia, a Iris Pay tem viabilizado acesso a dezenas de cervejarias artesanais e também a milhares de consumidores fieis no consumo por esse tipo de produto, que antes somente tinham acesso em visitas na região onde se produzia. “Hoje, a expansão para essas cervejarias para um ponto comercial chega a ser 20% do investimento necessário através de outros métodos de expansão”, completa. 

E como em um casamento bem sucedido, pelo lado da Iris Pay, também existe a certeza de um bom negócio. O CEO Diogo Kaoru Takayama afirma que, além da questão financeira, o que fez a marca firmar a parceria foi a expertise que o grupo de investidores pode oferecer. “Muito mais que receber o aporte é poder conseguir a ajuda certa para atingir o crescimento que buscamos. Partimos da premissa de que eles já têm a experiência necessária e podem auxiliar desde a contratação de pessoas até o aprimoramento da gestão dos negócios. É o que chamamos de smart money”, ressalta. 

Mas até fechar com o grupo, Diogo detalha que a empresa, que já empreende no mercado há algum tempo, chegou a conversar com alguns fundos de investimentos, além de considerar outras alternativas, como buscar empréstimos com bancos. “Porém, com a Maringá Capital, entendemos que o smart money faz muito mais sentido para o momento do negócio, além de economizar tempo e não cometer os mesmos erros que são comuns com startups que buscam expansão”, complementa. 

Agora, os próximos passos devem seguir o plano de negócio acordado entre as partes, que diz respeito às ações para os seguintes 18 meses. “O valor investido é todo focado para o crescimento e expansão da Iris Pay. O uso da cifra envolve a promoção de melhorias pontuais, estruturação de equipes, lançamento de novos recursos e foco em expansão global”, fala Ulysses. Diogo complementa que a ideia também é criar novas ofertas com a tecnologia e atingir demais mercados de autosserviço de líquidos. 

Segundo a Associação Brasileira da Indústria da Cerveja, a CervBrasil, a produção nacional é de aproximadamente 14 bilhões de litros por ano e representa 1,6% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, o que também significa um faturamento de R$ 100 bilhões ao ano.  

Então por que não atuar nesse meio? Foi com esse pensamento que nasceu a Iris Pay. Com isso, a startup, por meio de uma tecnologia própria desenvolvida e integrada com um aplicativo de pagamento, atua diretamente no mercado de bebidas. “Permitimos que nossos clientes transformem uma geladeira ou câmara fria em uma vending machine de produtos restritos [bebida alcoólica] e de forma fracionada, o que possibilita a cobrança proporcional à quantidade retirada”, explica o sócio proprietário da marca. 

Líder do segmento de IoT (Internet of things. No português, internet das coisas) para bebidas e a única 100% automatizada. O CEO Diogo ainda conta que o negócio otimiza a vida de quem importa: os clientes dos parceiros, permitindo assim mais conversão de vendas. “A ideia é permitir o autoatendimento através do uso de créditos adicionados ao celular do usuário, oferecendo assim uma experiência de compra mais rápida e prática, sem abrir mão da segurança”, instrui. 

Ainda de acordo com o CEO, antes de lançar a empresa no mercado, o produto foi aperfeiçoado e derivado de uma patente criada em 2012, até chegar no que hoje entende-se por Iris Pay. “Em 2014 geramos um outro CNPJ, começamos a construir outro tipo de equipamento e em 2017 mudamos completamente para um sistema de autosserviço autônomo por aplicativo”, finaliza. 

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