Entrevista com Jorge Santos Carneiro, CEO da SAGE Brasil e AL

Iniciando suas operações no Brasil a partir de 2012 com as aquisições da Folhamatic, IOB, EBS e Cenize, empresa vem aumentando...

Iniciando suas operações no Brasil a partir de 2012 com as aquisições da Folhamatic, IOB, EBS e Cenize, empresa vem aumentando muito sua participação no mercado, sobretudo entre as pequenas e médias empresas, e ampliando sua rede de implementação nas regiões Sul e Sudeste.

Fale-nos um pouco sobre a história da Sage no Brasil.

A Sage é uma multinacional que nasceu em 1981, no Reino Unido, e se expandiu para os cinco continentes por meio da aquisição de empresas de referência nos mercados locais. Hoje somos a maior empresa do mundo em software de gestão para as pequenas e médias empresas, presente em 23 países e com mais de três milhões de clientes, detendo uma posição de liderança em vários mercados importantes.

A estratégia de aquisições  também foi o caminho seguido no Brasil, onde a Sage chegou em 2012 com a aquisição das empresas Folhamatic, IOB, EBS e Cenize.

Nos últimos três anos, a Sage realizou a integração destas empresas, fazendo as transformações e investimentos necessários, agregando as culturas das empresas, criando uma nova cultura de energia, ambição e uma equipe vencedora que tem conseguido resultados fantásticos. Atualmente contando com mais de 1500 funcionários distribuídos nos escritórios de São Paulo, Americana, Curitiba, Porto Alegre, Recife e Rio de Janeiro, o pais tem um papel de grande relevância no universo Sage.

Quais são os segmentos de mercado atendidos hoje pela empresa?

Em todo o mundo, a Sage é líder no segmento das pequenas e médias empresas (PMEs). Este é o papel que buscamos construir e exercer aqui no Brasil também.

Para os pequenos e médios empreendedores temos soluções não só de software, como também de apoio à utilização do mesmo, para tornar a vida destes heróis algo mais fácil e mais bem sucedida. Estamos falando das soluções Sage One (emissor de nota fiscal) e Sage Start (sistema de gestão).

Temos uma presença muito importante no segmento dos escritórios contábeis, que queremos continuar desenvolvendo com soluções como o Sage Gestão Contábil e a Plataforma Sage, hoje o principal assessor das PMEs no Brasil.

Para as médias e grandes empresas temos uma solução global, o Sage X3, que agora também está no Brasil e tem conquistado a confiança e o interesse de todos que entram em contato com a ferramenta.

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A Sage possui um portfólio abrangente de soluções. Poderia descrevê-las e dizer quais são seus públicos-alvo?

Temos soluções que acompanham o crescimento das empresas. No caso das PMEs, o grande destaque é o Sage One, produto que tem conquistado uma taxa de penetração muito alta no Brasil. O Sage One é uma solução online para a emissão de notas fiscais eletrônicas (NF-e) de produtos e serviços, sendo o primeiro eúnico no Pais a contar com o certificado digital incluso. Lançamos agora uma solução que, acreditamos, irá iniciar uma revolução na forma como utilizamos estes aplicativos - o Sage Pegg - o primeiro chatbot de emissão de notas fiscais para micro e pequenas empresas que permitirá emitir notas a partir de ferramentas como o Facebook Messenger ou o Telegram. Também estamos lançando um aplicativo mobile que, assim como o Pegg, interage com o Sage One para fazer o pedido de venda. A Sage é a primeira empresa a lançar um chatbot transacional no Brasil.

No caso dos escritórios contábeis, o produto de maior relevância é o Sage Gestão Contábil, que oferece módulos para controle da gestão completa, gerenciamento de folhas de pagamento, contabilidade, fiscal, patrimonial, controle de pontos e apuração de tributos federais, estaduais e municipais, por exemplo.

Pensando no segmento das médias empresas, nossa grande aposta é o Sage X3, ERP em cloud que introduz um formato de controle integrado para as empresas, da aquisição à produção, distribuição e finanças. É uma solução de gerenciamento simples, rápida e flexível, com ótima recetividade no mercado brasileiro. Uma das áreas que nos diferencia das outras softwares houses no Brasil é o conhecimento e a competência que temos e aportamos em nossas soluções e serviços por meio da IOB, empres adquirida no mesmo período em que compramos as empresas de softwares. A IOB é conhecida no mercado como a melhor e mais capacitada para soluções tributárias empreesariais.

O X3 é uma grande aposta global da empresa. Como tem sido a receptividade e adaptação dele aqui no Brasil?

Desde que foi lançado no Brasil, em maio de 2015, o Sage X3 já conquistou uma ampla rede de canais de comercialização, sobretudo nas regiões Sul e Sudeste. O software foi trazido para o país e adaptado com a competência e o conhecimento de centenas de engenheiros e especialistas na área regulatória, que integram a equipe da Sage no Brasil.

Recentemente a Forrest Consulting realizou uma pesquisa sobre o impacto econômico do Sage X3 e revelou que, em média, as empresas que utilizam a solução Sage X3 tem ROI de 177%, além de reduzir até 1,7 milhão de dólares em custos ao longo de três anos. Como dito anteriormente, o mercado brasileiro tem recebido muito bem este novo produto.

O Sage X3 está ganhando 61 novos consultores técnicos para atuar nas regiões Sul e Sudeste. Os profissionais estão concluindo uma capacitação, com duração de três meses, realizada em Curitiba. O propósito desse curso é preparar os consultores para implantar novos projetos e personalizar as necessidades especificas de cada empresa. A capacitação já acontecia por meio de Ensino a Distância, mas ganhou novo modelo presencial ? uma nova turma de formação deve ter início em São Paulo até o fim de 2016.

A Sage tem em sua essência uma grande expertise em oferecer tecnologia para facilitar os processos contábeis dentro das corporações. E quando falamos em contabilidade na gestão das empresas, este é sempre um assunto delicado por aqui.  Quais tem sido os desafios para implementar esta tecnologia e tornar o processo confiável em um país com características de legislação fiscal e tributária como o Brasil?

O maior desafio no segmento contábil é se manter atualizado, visto o elevado número de mudanças legislativas que ocorrem a cada semana. Muitas alterações significam detalhes em leis que já vigoram há anos, mas que precisam ser informadas aos escritórios contábeis com agilidade para que não cometam erros no cumprimento das obrigações e gerem multas para seus clientes. Para isso, contamos com uma equipe de especialistas na Sage Brasil (IOB), responsável pelo acompanhamento diário de todas as mudanças legislativas que ocorrem envolvendo questões contábeis e o universo das empresas. Identificadas as mudanças, esses profissionais atualizam os softwares da Sage, fornecendo aos contadores as novas informações. Desse modo, estes profissionais podem trabalhar com segurança e agilidade, evitando o gasto de energia na busca pelas mudanças.

A fatia de pequenas e médias empresas no Brasil representa hoje o maior cenário de oportunidades para as fornecedoras de software de gestão. Por outro lado, elas possuem características muito particulares, sendo mais sensíveis a aspectos como preço, atendimento e tempo de implantação. O que a Sage tem feito para ter uma oferta competitiva neste cenário?

Temos como meta manter o impressionante ritmo de crescimento que temos tido neste segmento de mercado no Brasil. Para isso, investimos na qualidade e conhecimento de uma equipe com centenas de pessoas, que buscam ajudar e facilitar a vida dos players desse segmento de mercado. Para atender à realidade desse segmento empresarial, temos softwares que custam a partir de R$ 20 reais mensais, como o Sage One, e temos uma equipe de atendimento e suporte técnico que acompanha todo o processo, desde a implantação do sistema até o seu pleno funcionamento.

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A empresa tem como uma de suas diretrizes a responsabilidade social. Conte-nos um pouco sobre a iniciativa Sage Foundation.

Além de apoiar milhões de empreendedores ao redor do mundo, a Sage também atua para desenvolver as comunidades onde está inserida por meio da Sage Foundation. Criada no ano passado, no Reino Unido, a Fundação atua em três pilares: educação e empreendedorismo; saúde e bem-estar; e diversidade e inclusão.

A iniciativa teve início no Brasil este ano, com um trabalho que envolveu a participação de um grande número de funcionários da Sage e a doação de 10 mil libras ao Projeto Emanuel, ONG de Santa Barbara d´Oeste (SP). Com esta doação a ONG, que oferece aulas gratuitas de contabilidade, inglês, informática, hardware, desenvolvimento e programação para crianças e adultos, dobrou a sua estrutura e hoje tem capacidade para atender 250 alunos.

A Sage Foundation atua em um sistema denominado ?2+2+2?, em que encoraja os funcionários a dedicarem 2% do tempo de trabalho a ações de voluntariado, doa 2% do fluxo de caixa da empresa trimestralmente a ações de comunidades em seu entorno, e oferece 2 licenças de seus produtos anualmente para instituições sociais.

Em agosto a Sage realizou em todo o mundo a ?Semana do Voluntariado?, com o objetivo de estimular a mobilização dos colaboradores para que doassem horas de seu trabalho ajudando em ações voluntárias. No Brasil, durante esta semana, 54 instituições sociais localizadas próximas às unidades da Sage em São Paulo, Americana (SP), Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba e Recife receberam a visita das equipes de voluntários. Com esta ação, conseguimos atingir nove mil horas de trabalho voluntário neste ano.

Mais recentemente, a Sage Foundation realizou uma doação de 25 mil libras para a Aliança Empreendedora, entidade que apoia microempreendedores de baixa renda em todo o Brasil.

Em sua opinião, como será o software de gestão considerado competitivo daqui a 05 anos?

O software de gestão evoluirá no sentido de se integrar, de forma mais natural e intuitiva, à atividade das empresas e no comportamento dos seres humanos. O software de gestão no futuro será utilizado de forma quase impercetível e natural. Tal como hoje temos em grande ascensão a ?Internet das Coisas?, também temos na Sage Brasil o surgimento de novas experiencias na utilização dos softwares de gestão, com ferramentas como o Sage Pegg e o desenvolvimento de chatbots.

Por: Editorial

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