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Como domar unicórnios: o uso da diligência para mitigar os riscos dos investidores

Postado por Gabrielle Stricker do Valle e Pedro Oliveira, especialistas em Due Diligence na ICTS Protiviti em 02/08/2021 em Artigos

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 Nos últimos oito anos, a criação de startups aumentou 20 vezes, segundo a Associação Brasileira de Startups (Abstartups). E o ano de 2021 dá indícios de continuidade deste cenário, pois o Brasil é apontado como "solo fértil" para o surgimento dos chamados unicórnios, ou seja, empresas que possuem valor de mercado superior a um bilhão de dólares. E estamos entre os 10 países com o maior número de startups avaliadas acima desta faixa.

O aumento das classes de investidores (fundos e cidadãos) em empresas emergentes no Brasil representa um amadurecimento do ecossistema de startups, além de mostrar que o mercado caminha para a mitigação de riscos nesta área.

Isso significa que a atenção tem sido redobrada no que diz respeito à eficácia das análises, que devem ser realizadas no tempo pretendido, antes de investir. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) somada ao aumento da frequência de startups que estão abrindo e fechando e até trocando de nome, além das possibilidades de negócios que, atualmente, podem ser realizados, acarretaram num aumento de possíveis riscos e suas consequências.

Dentro desse contexto, que exige atrelar inovação à segurança, o conselho é utilizar processos de governança corporativa, agregado ao planejamento de longo e médio prazo. Além disso, para um empreendedor que almeja participar de uma rodada de investimento, é necessário se atentar às premissas do ESG (ambiental, social e governamental) desde o primeiro dia da operação.

Tomando o conceito de governança, por exemplo, é preciso não apenas ser transparente e responsável com os stakeholders, estando atento à cultura da empresa, como também se manter em conformidade com todas as normas e leis aplicáveis ao negócio.

Isso inclui prevenir a prática de atos ilícitos ou antiéticos cometidos por funcionários ou terceiros. Embora esses temas não pareçam atributos essenciais para uma empresa que está apenas começando e, portanto, pretende apenas sobreviver, a regularização posterior pode ser prejudicial, se não fatal, à competitividade da startup.

Dentro desse contexto, que exige o par inovação e segurança, a Due Diligence pode ser um fator determinante para a concretização de um investimento, pois se trata de uma análise completa da empresa em que se busca investir, incluindo a atuação dos sócios e a sua exposição na mídia. A "devida diligência", em tradução literal, permite realizar um raio X sobre a gestão e o comportamento da organização com base em informações disponíveis, que variam de acordo com o negócio.

O processo de Due Diligence deve ser realizado com rapidez, até mesmo em função da natureza das startups, bem como do aumento de investidores e empresas para serem investidas. Aquele que deseja formalizar seu investimento, seja um cidadão ou o representante de um fundo, deve estar intimamente ciente das possíveis situações que a organização pode enfrentar futuramente - futuro que, no caso das startups, não pode ser adiado.

Se antes o conhecimento sobre o destino do seu dinheiro já era essencial para qualquer investidor, o momento atual apenas reforça a importância de uma mitigação de riscos ágil e efetiva para negócios emergentes e escaláveis.

Foto: Reprodução / ICTS Protiviti

Postado por Gabrielle Stricker do Valle e Pedro Oliveira, especialistas em Due Diligence na ICTS Protiviti em 02/08/2021 em Artigos

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