Comércio Eletrônico: Tendência e aumento da demanda para os próximos anos
Postado por Marcelo Coleta é diretor de soluções de Varejo da Seidor Retail em 16/03/2021 em ArtigosApós as medidas mundiais de órgãos governamentais e de saúde para conter a pandemia do coronavírus, a demanda pelas compras virtuais disparou.
Conforme dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), de janeiro a agosto de 2020, o faturamento do varejo cresceu 56,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse movimento deve ser impulsionado ainda mais em 2021 e mesmo pós- pandemia, devido ao aumento da participação de plataformas online de compras em diversos segmentos do comércio.
É um movimento sem volta, ou seja, todos tiveram de alguma forma adequar-se ao novo cenário para manter suas operações.
Os estabelecimentos que já operavam de forma estruturada e dominavam o modelo de e-commerce tiveram vantagem. Já os pequenos comércios ou aqueles que não tinham uma gestão informatizada para as vendas, tiveram que acelerar a adoção de tecnologias para sobreviverem, construindo modelos que atendesse a urgência dos negócios, mas que certamente, deverão ser revistos e melhorados ao longo dos próximos anos.
A participação do e-commerce no comércio brasileiro ainda é pequena comparada a outros países, principalmente, em termo de resultados. É uma tendência para o setor, que deve aumentar muito nos próximos meses. Hoje, o comércio online responde por cerca de 5% das vendas do varejo, enquanto na China essa fatia é de 30%, no Reino Unido de 18% e nos EUA é de 11%.
A preocupação dos varejistas é que à medida que esse canal de vendas cresça, seja por aplicativos ou pelas plataformas de e-commerce, aumenta os desafios na logística e na segurança, que precisam ser superados no país.
Hoje, existe uma reclamação entre os consumidores que o canal de vendas online é insuficiente e não atende as expectativas dos clientes. Segmentos como o de supermercado, por exemplo, ainda sentem dificuldades na adoção do modelo pela complexidade do modus operandi, ainda mais complicado para os produtos perecíveis, entre outros que exigem correto armazenamento e rapidez na entrega.
Mas vale lembrar que à medida que o consumidor se sinta mais seguro quanto a viabilidade da entrega e qualidade dos produtos, contribuirá para o avanço na participação no varejo online. Além disso, o aumento dos aplicativos de compras contribuiu para alavancar os negócios do setor.
As empresas de todos os portes podem utilizar a tecnologia para melhorar a eficiência dos processos de e-commerce por meio da integração do ERP com soluções de CRM, controle de estoque, segurança da informação, compliance, marketing, relacionamento e feedback dos clientes.
Diante desse cenário, o varejo necessita de soluções de TI para atender a demanda com agilidade e competência no atendimento, com processos integrados e gestão operacional que atendam às necessidades dos consumidores. A análise inteligente de dados estruturados, faz com que a estratégia seja mais eficiente, além de permitir a integração com outras aplicações, como CRM e BI. Apesar dos prognósticos positivos para o e-commerce a economia precisa existir. Essa é a tendência dos negócios para o futuro.