Cibersegurança: 5 principais prioridades estratégicas para empresas em 2025
Postado por Redação em 16/12/2024 em IT SecurityPresidente da ManageEngine comenta quais serão as tendências tecnológicas mais importantes para as companhias seguirem no próximo ano
O próximo ano deve se diferenciar de 2024 no que diz respeito às prioridades estratégicas para as empresas. Com a crescente preocupação com a cibersegurança e a incorporação efetiva de recursos de Inteligência Artificial, as organizações estão investindo cada vez mais em recursos de TI, de forma democratizada e direcionada a resultados.
Segundo um estudo da ManageEngine, divisão da Zoho Corporation, 97% dos especialistas do setor apontam que esta tecnologia será essencial na proteção dos sistemas. Além da inovação tecnológica, 2025 será um período de reestruturação de experiências e investimento em sustentabilidade.
Para o presidente da empresa, Rajesh Ganesan, o cenário tecnológico evolui a cada ano, fazendo com que as empresas sejam compelidas a analisar diversos aspectos de seus negócios e entender como eles contribuem para o crescimento geral. “Em 2025, as instituições precisam identificar prioridades fundamentais para conseguirem navegar pelos desafios do cenário digital — além de se preocuparem em ter um modelo de governança distribuída para garantir conformidade ampla, deixando a tarefa intrínseca a todos os departamentos da organização”, complementa.
Ganesan listou cinco pontos que as companhias de tecnologia precisam ficar de olho. Confira:
Democratização da cibersegurança
Gerenciar riscos cibernéticos em todos os níveis da força de trabalho – e não restringi-los apenas aos níveis mais altos da organização – deve ser uma prioridade para os líderes de segurança em 2025. Entre os benefícios desta democratização da cibersegurança estão uma gestão de segurança mais proativa, aumento da resiliência cibernética, redução de custos, e maior eficiência e inovação nas práticas de segurança.
Para isso, as empresas precisam garantir que os funcionários participem de programas contínuos de engajamento em segurança, diferentes das sessões anuais de treinamento habituais. “Também é essencial que os colaboradores tenham acesso a ferramentas e serviços de autoatendimento adequados, já que o maior desafio para democratizar a segurança é a falta de preparo dos funcionários e processos mal definidos”, completa Rajesh.
Reestruturação de experiências
Com expectativas em constante evolução e avanços tecnológicos, reestruturar experiências para usuários é fundamental na aceleração da transformação e da sustentabilidade dos negócios. Facilidade de uso, consistência, disponibilidade, experiências digitais sem contato e abertura ao feedback são expectativas fundamentais dos usuários que não podem ser ignoradas.
Isso implica repensar e redesenhar a arquitetura tecnológica existente, superando problemas de escalabilidade e compatibilidade para oferecer resultados melhores. Também envolve o uso de tecnologias emergentes, como IA, a extração de insights acionáveis a partir de plataformas analíticas, personalização de fluxos de trabalho e a habilitação de interações multimodais.
Desafios como o impacto na produtividade durante a transição e a garantia de segurança de TI, sem prejudicar a experiência do usuário, precisam ser enfrentados. No entanto, o benefício final é o aumento da satisfação de clientes e do engajamento de funcionários.
TI orientada por resultados
“Empresas modernas são movidas por TI, que agora ocupa um lugar estratégico na gestão. Qualquer falha que cause interrupções nos serviços pode gerar grandes impactos nos negócios. Ainda assim, a TI muitas vezes é vista como um centro de custos, e não como um motor de lucros”, detalha Rajesh.
Os líderes de TI precisarão demonstrar claramente o valor gerado pelos investimentos na área para evitar cortes nos orçamentos. Indicadores de desempenho (KPIs) devem alinhar a TI não apenas com a eficiência operacional, mas também com a velocidade dos negócios e os custos de oportunidade. Por exemplo, no setor de saúde, métricas que monitoram comportamentos de usuários, anomalias e vulnerabilidades críticas são cruciais para manter operações seguras e contínuas. Esses indicadores devem mostrar diretamente como a TI contribui para os resultados empresariais.
Ampliar o uso de IA
A busca pela maturidade digital está redefinindo como os negócios operam, com a IA desempenhando um papel central. Após anos de testes-piloto, as empresas agora buscam ampliar o uso da IA para obter retorno sobre os investimentos (ROI).
A IA também será essencial para a cibersegurança, que enfrenta ataques cada vez mais sofisticados. Investir em inteligência artificial para defesa, além de contar com a IA aumentada, que melhora a produtividade dos colaboradores, será uma tendência. Além disso, modelos de linguagem (LLMs) com capacidades de interação em tempo real serão cada vez mais explorados no ambiente corporativo.
Para alcançar isso, é necessário ter uma estratégia sólida de dados, que inclua processos otimizados e esteja em conformidade com princípios como soberania e preparação de dados.
Adotando a sustentabilidade
Os investimentos em GPUs, essenciais para modelos de deep learning e computação acelerada, estão disparando, mas seu alto consumo de energia e impacto ambiental exigem intervenção imediata.
Uma abordagem sustentável no mundo digital ajuda a reduzir danos ambientais, atrair consumidores conscientes, atender a padrões regulatórios e melhorar a eficiência, tornando-se um diferencial competitivo essencial para 2025. Apesar dos desafios, as empresas podem adotar a sustentabilidade realizando auditorias ambientais internas, explorando fontes alternativas de energia e obtendo créditos de carbono.
Ao priorizar essas iniciativas estratégicas, as organizações estarão mais preparadas para fortalecer sua posição no mercado, aumentar sua eficiência operacional e se destacar no ecossistema digital em constante transformação.