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Arquitetura Empresarial: construindo maior valor agregado para os negócios

Postado por Nilson Yoshihara, Territory Services Manager na Red Hat Brasil em 28/09/2020 em Artigos

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Nilson Yoshihara, Territory Services Manager na Red Hat Brasil

Embora muito se fale sobre transformação digital, alguns conceitos que envolvem essa profunda mudança nas organizações acabam não ganhando tanto destaque. 

Muitos deles, no entanto, permeiam estratégias fundamentais para que as empresas consigam passar por essa transição de maneira segura e efetiva, alcançando os objetivos alinhados para os negócios, como é o caso da arquitetura empresarial. 

A prática auxilia as empresas no gerenciamento de suas complexidades frente aos desafios tecnológicos, a fim de que possam entregar valor de maneira ágil para seus clientes. Por meio dela, é possível realizar o mapeamento da organização em diversos níveis, conquistando o alinhamento estratégico entre a área de TI e os demais departamentos da companhia. 

De acordo com pesquisa realizada pela PwC, 69% das empresas brasileiras apoiam a prática de arquitetura empresarial e 68% delas acreditam que a prática é efetiva na consolidação dos sistemas da organização, ajudando a melhorar os investimentos e custos operacionais na área de TI. 

No entanto, 80% classificam que processos atuais lentos e inflexíveis representam uma barreira para o avanço da arquitetura empresarial, assim como a falta de colaboração entre as áreas de negócios e TI. 

Benefícios práticos

Pelo seu nível de complexidade, em razão de sua ampla abrangência corporativa, a prática fomenta uma série de discussões que visam comprovar seus benefícios e quando eles começam a ser vivenciados dentro das organizações. 

Apesar de seus impactos positivos serem percebidos mais claramente em estágios mais avançados, quando a prática envolve visão estratégica e de negócios, além de sistemas de informação, há como perceber diferenciais desde o início de sua adoção.

Um dos retornos mais rápidos do desenvolvimento da arquitetura empresarial é a transparência sobre o cenário atual da organização. Porém, há muito mais o que alcançar com a prática, como a implantação das soluções para preencher os gaps para o estado futuro (TO BE) da organização, de forma a executar o plano estratégico. Entretanto, a arquitetura atual (AS IS) já entrega a clareza organizacional e a visão integrada corporativa que as empresas normalmente não possuem.

Atuação integrada

É importante ter em mente que, para colher mais benefícios, é necessário o amadurecimento da organização nesta prática. A arquitetura empresarial é uma iniciativa com abordagem holística, cujos objetivos de redução de custos são de médio a longo prazo, e não fundamentalmente voltada para resultados imediatos. 

Estas características levam a colisões com outras práticas, como o Gerenciamento de Projetos, conduzido pelos PMOs (Project Management Office) das organizações.

Este conflito ocorre porque a gestão de projetos tem indicadores de desempenho de tempo e custos que consideram, normalmente, o intervalo de um ano, enquanto a gestão de arquitetura empresarial pode durar de três a cinco anos. 

Por conta desta diferença de períodos, a arquitetura empresarial é taxada como iniciativa burocrática e de pouco valor agregado. Isso se torna mais latente no cenário atual, em que as organizações são avaliadas por trimestre, ou seja, ciclos menores do que aqueles que a arquitetura empresarial pode entregar.

Compreendidas as diferenças entre ambas, é preciso entender que elas não são opostas, mas sim complementares. Isso fica claro na análise de gaps da arquitetura empresarial AS IS e TO BE, que poderia orientar quais projetos são necessários para o alcance dos objetivos estratégicos institucionais, e que devem compor o portfólio gerenciado pelo PMO. 

Ou seja, para obter sucesso, a adoção da arquitetura empresarial não deve somente coexistir com outras iniciativas corporativas, mas também reutilizar o conhecimento, métodos e processos criados por estas práticas. A gestão de processos, de projetos, de riscos e mudanças são alguns exemplos que devem ser reaproveitados na arquitetura empresarial. 

Não há hierarquia entre arquitetura empresarial e demais práticas adotadas na organização. Logo, não se trata de uma prática ser melhor que outra, mas de como obter valor integrando todos esses sistemas e metodologias. Apesar dos desafios, a adoção da arquitetura empresarial promove a transparência e a visibilidade sobre a instituição que são praticamente obrigatórios para a transformação digital. 

Será inevitável para a sobrevivência das organizações que cada uma delas, ao seu modo, se adapte aos negócios digitais. 

Nesse contexto, considerando o objetivo da arquitetura empresarial de mover o estado atual da organização para um estado futuro envolvendo negócios e tecnologia, é necessário apoio e alinhamento entre estratégia, projetos, processos, riscos e controles. Tudo isso precisa atuar em sinergia com os demais ativos organizacionais e práticas de gestão que os disciplinam. 

Trilhar o caminho da mudança de maneira assertiva só é possível com o conhecimento de como a arquitetura de negócios, sistemas de informação e tecnologia está posicionada hoje e, principalmente, de como esses elementos devem ser no futuro. Só assim será possível gerar valor e tirar o máximo potencial da arquitetura empresarial.

 

 

 

Postado por Nilson Yoshihara, Territory Services Manager na Red Hat Brasil em 28/09/2020 em Artigos

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