A transformação cultural aliada à tecnologia no setor jurídico
Postado por Rafael Laranjo, CTO da EasyJur Software Jurídico Inteligente em 06/05/2022 em ArtigosJunto ao avanço de soluções inovadoras sobre o campo jurídico, surge a necessidade de se investir em uma cultura organizacional alinhada com a presença tecnológica
A tecnologia é uma realidade cada vez mais comum entre os escritórios de advocacia, como um fenômeno capaz de reformular a rotina dos advogados, bem como das equipes envolvidas em todas as etapas operacionais.
Fato é que o uso de softwares jurídicos tem oferecido um espaço de oportunidade para os que buscam aproveitar benefícios exclusivos à era 4.0. Entretanto, para que a gestão seja transformada em sua totalidade, com metodologias absorvidas pelos colaboradores, sem maiores obstáculos ou ruídos, não basta introduzir o elemento digital e esperar que as coisas aconteçam em um curto intervalo de tempo, sem nenhum tipo de esforço a nível comportamental.
É preciso conceder uma atenção estratégica à atuação dos profissionais frente a um cenário de automação e o conceito de transformação cultural acompanha essa linha de raciocínio. Quais são os caminhos para fortalecer o papel humano e diminuir possíveis resistências à inovação? A máquina chegou para potencializar o protagonismo das pessoas, e não as ofuscar. Na prática, trata-se de um trabalho amplo de conscientização, para que ambos os lados aparentemente estejam em convergência.
Invista em um mindset inovador
O acesso democrático a ferramentas digitais é um pressuposto fundamental para o debate. A partir disso, podemos projetar a utilização consciente dos insumos produzidos pela tecnologia, que servirão de apoio à tomada de decisão, sobre os mais diversos assuntos e finalidades. O fluxo de operações, especialmente para organizações jurídicas, costuma ser extremamente caótico, apresentando um dinamismo que, se não for contornado, pode travar processos essenciais para o negócio. Com isso posto, a questão se direciona para a forma de se enfrentar adversidades de forma ágil e efetiva. A resposta recai, sem dúvidas, na simplificação proporcionada pela solução tecnológica.
O “robô” é aplicado com o intuito máximo de facilitar a vida do advogado. Ele assume, após um diagnóstico completo e embasado, atividades passíveis de automação, que costumeiramente se resumem a tarefas repetitivas e até exaustivas sob a ótica do colaborador.
A sinergia está colocada à medida que o capital humano encontra tempo hábil para centralizar seus esforços em procedimentos estratégicos. Com isso, constrói-se uma mentalidade coletiva de que o agente digital é um aliado e não um inimigo. Logo, é de suma importância nutrir a inovação no DNA da empresa. Isso significa, inclusive, dar tranquilidade para que as equipes atuem com mais inventividade, dentro de um plano de fundo de mais segurança, eficiência e disrupção.
Coexistência resulta em um novo patamar de produtividade
Empregando com fidelidade o cotidiano dos advogados, a abertura para um novo modelo organizacional é muito clara. Enquanto em sistemas manuais existe a urgência de que o capital humano deve se dedicar a detalhes numerosos, e qualquer ato falho pode simbolizar a perda de um cliente, entre outras consequências pesadas, no ambiente digitalizado essas preocupações são retiradas de pauta.
Portanto, mantendo a proposta principal do artigo, volto a afirmar a necessidade de se implementar a tecnologia com um viés cultural, sempre atribuindo o devido caráter de prioridade às pessoas, afinal, são elas as responsáveis por conduzir uma rotina de alta performance, colocando o escritório em um estágio consolidado de expansão. De certo, a inovação pode e deve servir de suporte para que melhores resultados sejam alcançados, de modo contínuo e escalável.
Foto: Rafael Laranjo, CTO da EasyJur Software Jurídico Inteligente