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A contabilidade está morrendo? Precisamos falar sobre tecnologia no setor

Postado por Cristiane Andrade, Diretora de Relacionamento com Contadores da Omie, plataforma de gestão (ERP) na nuvem em 14/10/2022 em Artigos

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Hoje, a tecnologia está muito presente no nosso cotidiano, ao longo do dia ou da noite. Um exemplo simples são os relógios digitais, que monitoram respiração, batimentos cardíacos, as horas e qualidade do sono, quantas vezes acordamos e, até mesmo, a saúde.

Se em nossa rotina, algo tão básico e humano quanto a nossa necessidade de dormir, é monitorado, é difícil imaginar o que podemos esperar da tecnologia no futuro. Diante disso, costumo citar uma frase de Benjamin Franklin: “Nada é mais certo neste mundo do que a morte e os impostos”. E não é possível falar de impostos sem falar sobre o mercado contábil. Mas, temos aí duas questões: qual é o real papel da contabilidade; e onde a tecnologia se enquadra nesse contexto?

Sobre a tecnologia podemos lembrar que, no Brasil, o projeto SPED da Receita Federal, implementado em 2005, iniciou um caminho sem volta para o segmento de contabilidade, pois, juntamente com a evolução tecnológica mundial, começou a provocar os mais céticos quanto ao processo de digitalização do setor.

Alguns profissionais achavam que o projeto não funcionaria e outros acreditavam que estavam muito distantes desta realidade… só que não. Após as empresas piloto terem testado a NF-e, em 2010, todos já perceberam que era uma realidade, e que o cenário realmente estava mudando de figura.

Sobre o real papel da contabilidade, precisamos olhar para o mercado. Um levantamento do Sebrae, em conjunto com a Receita Federal, mostra que, em 2021, o Brasil registrou que 80% das novas empresas abertas no país foram na modalidade de microempreendedores individuais (MEIs). Os dados ainda revelam que esse formato se consolidou no Brasil e mostra forte impacto na economia, representando 27% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.

E neste cenário, o papel do contador é fundamental na gestão financeira das empresas. O profissional vai muito além de manter a empresa em dia com suas obrigações tributárias e trabalhistas, mas visa contribuir com estratégias para o crescimento e driblar problemas, favorecendo não somente as empresas, mas toda a economia do país.

Muitos escritórios de contabilidade, e, principalmente, empresas de software contábil sofreram para se adaptar, aliás, ainda sofrem com constantes mudanças em layouts, XML, e-social, dentre outros. Mas, o fato é que a tecnologia modificou totalmente o mercado contábil. Já não é possível atuar neste segmento sem um ERP poderoso, pois diante de tantas obrigações acessórias digitais e cruzamentos de informações, quem não se adaptar a esta realidade está fadado ao fracasso.

É preciso entender que a tecnologia é um meio - que abre portas para que os profissionais sejam mais estratégicos e consultivos -, e não o fim - uma vez que este contato mais próximo e personalizado com os clientes, além da gestão de todo o ecossistema, depende da persona contador, que a tecnologia não consegue exercer por si só.

As duas pontas se tornaram digitais: O Governo e o cliente do contador. Uma vez que o profissional precisa aprender a se relacionar com tantas ferramentas tecnológicas, nasce a grande oportunidade de melhorar performance interna, reduzir custos de mão de obra, reduzir erros e melhorar eficiência. As automações e integrações chegaram para ficar, reduzindo muito o tempo de execução de diversas tarefas. E vale enfatizar: tempo é dinheiro, mas acima de tudo, tempo é vida.

A tecnologia propõe eliminar processos manuais e repetitivos em troca de tempo para que o profissional possa alcançar o ápice da contabilidade - fornecer um atendimento consultivo e informações financeiras e econômicas para ajudar o empreendedor a tomar as decisões estratégicas para o crescimento dos negócios e para o desenvolvimento das pessoas. Além disso, uma nova geração Z de contadores chega ao mercado, mais conectados às atualizações do mercado e reforçando essa tendência da automatização dos processos.

Mas, fica a questão. Os clientes sabem que os dados estão no sistema, no XML da Nota Eletrônica, na assinatura digital, no e-commerce e em tudo com o qual atuam. Então se todos ganharem produtividade, por que preciso ter um contador? Não posso fazer tudo e mandar direto ao fisco?

Para responder essas perguntas, costumo citar as expressões VUCA e BANI, termos em inglês que tentam explicar uma nova dinâmica da nossa sociedade - que se torna cada vez mais volátil, complexa, não linear e incompreensível. Neste contexto, o empreendedor tem seus desafios para se consolidar no mercado e vender seu produto. Agora, some isso aos impostos e cenários econômicos complexos.

O especialista contábil é essencial e responsável por pensar de forma estratégica, utilizando dados financeiros e econômicos a favor do empreendedor, considerando o ambiente do seu negócio, projeções de receita e despesas, pessoas envolvidas, a curva de aprendizado deste empresário e de toda sua equipe.

Por isso, vale ressaltar que a contabilidade não está morrendo. Pelo contrário, o setor se reinventou. A tecnologia vem como uma forte aliada para oferecer mais recursos para transformar a jornada do profissional e tornar sua atuação ainda mais necessária para as empresas e para o mercado.

Foto: Cristiane Andrade, Diretora de Relacionamento com Contadores da Omie, plataforma de gestão (ERP) na nuvem

Postado por Cristiane Andrade, Diretora de Relacionamento com Contadores da Omie, plataforma de gestão (ERP) na nuvem em 14/10/2022 em Artigos

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