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Transformação da TI: impactos e desafios da IA Generativa para o segmento corporativo

Postado por Odirley Silva, Gerente de Produtos da CXP Brasil em 05/06/2024 em Artigos

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O Gerente de Produtos da CXP Brasil, Odirley Silva destaca a importância da implementação ética e segura da IAG nas empresas, abordando os desafios e oportunidades proporcionados pela tecnologia.

Odirley Silva, Gerente de Produtos da CXP Brasil

A Inteligência Artificial Generativa (IAG) tem se destacado como uma transformação da TI. A capacidade dessas máquinas de criar texto, imagens, músicas e até mesmo códigos de software com base em dados e padrões preexistentes está revolucionando diversos setores, especialmente o corporativo. No entanto, junto com as oportunidades, surgem desafios significativos que as empresas agora precisam enfrentar para obter o potencial máximo dessa revolução tecnológica.

Entre os impactos positivos da adoção da IAG no ambiente empresarial está a capacidade de melhorar substancialmente a eficiência operacional e a inovação. Em termos de automação, por exemplo, a Inteligência Artificial Generativa pode auxiliar na geração de relatórios financeiros detalhados, na automação dos processos de RH e até mesmo no aperfeiçoamento dos sistemas ERP. Isso não só otimiza o negócio e economiza tempo, mas também permite aos colaboradores se concentrarem em tarefas mais estratégicas e criativas.

Além disso, a IAG está promovendo avanços notáveis no desenvolvimento de produtos e serviços. No setor de tecnologia, a geração automática de códigos e a criação de modelos preditivos está acelerando o desenvolvimento de aplicações e aperfeiçoando diversos processos operacionais, reduzindo erros e custos associados ao processo.

Desafios

Apesar das vantagens, a implementação da Inteligência Artificial Generativa também traz à tona uma série de desafios que precisam ser cuidadosamente gerenciados pelas empresas de agora em diante. Um dos maiores desafios é a qualidade e a confiabilidade dos dados utilizados para treinar esses modelos.

De uma maneira lúdica, a IA pode ser representada como uma criança: tudo o que for ensinado a ela será aprendido, porém, se for ensinado errado, será aprendido errado. Assim, dados tendenciosos ou incompletos podem resultar em outputs igualmente problemáticos, perpetuando preconceitos e desigualdades, o que é um grande risco.

Para se ter uma ideia, uma pesquisa realizada pela IBM revelou que 80% dos líderes empresariais veem pelo menos uma das questões de explicabilidade, ética, viés e confiança como uma grande preocupação para expandir a IA em toda a organização.

Outro ponto crítico é a questão da propriedade intelectual. A capacidade da IAG de criar conteúdos novos a partir de dados existentes levanta questões sobre quem detém os direitos autorais das criações geradas por máquinas. Este é um campo ainda nebuloso, que exige uma revisão cuidadosa das leis e regulamentações para proteger tanto os criadores humanos quanto as empresas.

No último mês de março, o Parlamento Europeu aprovou um regulamento sobre o uso da Inteligência Artificial na União Europeia que busca garantir a segurança e o respeito dos direitos fundamentais ao mesmo tempo que impulsiona a inovação. No Brasil, desde novembro de 2023, está em andamento um Projeto de Lei que também irá regular a IA no país. Quando entrar em vigor, as empresas terão novas diretrizes a serem cuidadas a fim de adaptar a aplicabilidade da IA nos negócios, em um movimento bastante similar ao que aconteceu com a adequação para as regras da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados).

Nesse cenário, a segurança também é uma preocupação importante. Modelos de IAG podem ser utilizados para criar conteúdos falsos com uma precisão assustadora, desde deepfakes até fake news. Isso representa um risco significativo para a reputação das empresas e para a segurança das informações, assim, é cada vez mais essencial a cobrança por regulamentações e o investimento em medidas de segurança robustas para mitigar esses riscos.

Avanço

À medida que a Inteligência Artificial Generativa avança, as empresas de tecnologia ganham mais responsabilidades a fim de garantir que a IAG seja desenvolvida e implementada de maneira ética e segura, apoiando a superação dos principais desafios. Isso inclui investir em pesquisas para melhorar a transparência e a explicabilidade dos modelos de IA, além de trabalhar em colaboração com órgãos reguladores para estabelecer diretrizes claras.

Também é preciso promover a educação e a conscientização dentro das organizações, já que a compreensão das capacidades e limitações da IAG é fundamental para minimizar os riscos e maximizar os benefícios, como expandir a visão sobre o negócio e sair à frente da concorrência.

Nessa corrida, um dos grandes setores a serem beneficiados será o varejo. Imagine poder descobrir qual promoção faz mais sentido para determinada época do ano ou qual o público ideal de acordo com o histórico de venda? A IAG pode entregar tudo isso e muito mais ao olhar de forma extremamente rápida para todos os dados da organização, extraindo informações valiosas e apoiando a tomada de decisão.

Além disso, no varejo, essa revolução impacta diretamente nas vendas, mas a tecnologia também transformará diversos outros setores, como o financeiro, de seguros, educação e serviços.

A Inteligência Artificial Generativa, portanto, representa um marco na transformação da TI, oferecendo inúmeras oportunidades para inovação e crescimento no segmento corporativo. Contudo, os desafios associados à sua implementação não podem ser subestimados, principalmente no atual momento de desenvolvimento da tecnologia. Ao abordarmos essas questões com responsabilidade e ética, podemos garantir que a IAG traga benefícios sustentáveis e significativos para as empresas e para a sociedade como um todo.

Postado por Odirley Silva, Gerente de Produtos da CXP Brasil em 05/06/2024 em Artigos

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