Muito além de comprar e vender
Postado por Redação em 02/08/2021 em EditorialComo especialistas em M&A podem alavancar o potencial do seu negócio e gerar grandes oportunidades no universo da fusões e aquisições.
A pandemia global, ocasionada pela covid-19, causou impactos em toda a cadeia de valor das organizações, expondo vulnerabilidades que fizeram com que os gestores tivessem que abandonar sua zona de conforto para conseguir se sobressair em meio às adversidades.
Quando avaliamos o setor de tecnologia, por exemplo, não podemos deixar de notar que, com o advento da chamada transformação digital, assistimos a um grande crescimento no número de novas empresas, como startups, fintechs, insurtechs e unicórnios, que despertaram a atenção do mercado de modo geral.
Inevitavelmente, junto com o surgimento e crescimento de novas empresas, muitas companhias deram início a parcerias empresariais com o intuito de potencializar sua participação no mercado, tendo a estratégia de fusões e aquisições (M&A) como um poderoso aliado. Logo, o número de notícias relacionadas às fusões e aquisições dispararam nos portais que atendem a esse setor, demonstrando, entre outros motivos, essa realidade
Como consequência, o M&A integrou, de maneira relevante, a realidade das empresas do setor de tecnologia de diversos portes, através do rápido crescimento das abordagens de compradores estratégicos e investidores financeiros no mercado. Com isso, vimos grandes negócios sendo formados, por meio de fusões e aquisições empresariais bem-sucedidas.
Em um processo de venda, por exemplo, é comum que os empresários não queiram se expor ao risco de exposição no mercado. Logo, atuam de forma independente, sem se dar conta da complexidade e organização necessárias que envolvem um processo de M&A. A atuação com independência possui seus riscos, como por exemplo, deixar escapar alternativas de negócio mais rentáveis para os sócios.
Portanto, é preciso alertar para o quão prejudicial pode ser entrar em uma jornada como essa, sem o devido preparo para o enfrentamento dos desafios e riscos relacionados à estruturação de um M&A.
Recentemente, um estudo da EY Global Capital Confidence Barometer, publicado em fevereiro deste ano, apontou que 49% das empresas planejam investir em aquisições nos próximos 12 meses, como forma de acelerar o crescimento de seus negócios futuramente. Vemos este movimento de forma intensa em empresas que buscaram encurtar a digitalização de seus negócios por meio de aquisições de empresas atuantes no setor de tecnologia, como é o exemplo da Magazine Luiza.
Neste sentido, se o crescimento futuro passa por M&A, o gestor que quer adotar essa estratégia precisa estar bem assistido, para conseguir tirar o melhor proveito em uma negociação. Esse é um conselho que se aplica tanto a quem quer comprar uma empresa, quanto a quem quer ser adquirido ou quer receber um investimento financeiro.
Apesar de promissor, todo cuidado é necessário. A mesma pesquisa revelou que 70% dos processos de M&A não conseguem alcançar as sinergias desejadas, isso porque 85% das causas de insucesso do M&A estão diretamente relacionadas à má gestão das negociações, gerando insatisfações dos dois lados.
Um exemplo bastante comum, é ter o processo de venda não realizado de uma forma estruturada e adequada, gerando situações difíceis para o empresário ao longo do processo. O ajuste no preço da empresa oriundo da Due Diligence, pagamentos atrelados a resultados futuros ou a troca de participação societária sem a devida mitigação dos riscos inerentes ao processo são exemplos frequentemente vistos.
Não há dúvida de que um processo de M&A é uma excelente oportunidade para a organização se transformar e ganhar vantagem competitiva no mercado, mas para tal, é essencial um investimento no planejamento e execução de todo o processo que envolve essa jornada.