Encontre aqui seu Software

Busca simples


Busca Avançada

Como alcançar a eficiência digital em times de alta performance?

Postado por Marcos Fernandes em 14/03/2023 em Artigos

Compartilhar:

O artigo escrito pelo Head of Technology da CI&T, trás algumas iniciativas e recursos que serão determinantes para alcançar um bom nível de eficiência digital

Marcos Fernandes sorrindo

Imagem: Marcos Fernandes

Quando falamos em performance, é preciso entender que ela vem sempre acompanhada de diversos elementos. Para avaliá-la adequadamente, devemos aplicar a óptica sobre o cenário produtivo. Em relação aos times digitais, por exemplo, que são responsáveis por uma operação composta de um ou mais produtos, duas variáveis estão diretamente ligadas a seus desempenhos: capacidade e velocidade de geração de resultados.

Essas variáveis desbloqueiam uma valiosa transparência relacionada às ações das equipes, e revelam a oportunidade de se fazer mais com menos. Com isso, é possível conquistar uma evolução natural da agilidade de execução, sem que deixemos a eficácia de lado. Percebemos, desse modo, a melhor maneira de direcionar nossos esforços, investindo no que gera mais valor.

Você conhece o perfil do Portal ERP no Instagram? Clique aqui e participe. Nos acompanhe também no LinkedIn.

Não são poucos os estudos que buscam desvendar o segredo de empresas que conquistam a sonhada eficiência operacional em times digitais de alta performance. Um dos materiais mais recentes é o 2022 State of DevOps Report — a última edição da pesquisa liderada pelo Google que, no decorrer de oito anos, consultou ao menos 33 mil profissionais, e concentra-se em examinar de que forma certas capacidades e práticas estão atreladas aos resultados.

Tanto o levantamento da gigante das buscas, quanto inúmeros outros, nos permitem ter uma ideia de características que as organizações com times digitais eficientes têm em comum. A seguir, trago quatro delas.

Data Driven Mindset

Já sabemos que os dados são recursos fundamentais para qualquer tipo de negócio atualmente, mas vamos falar do real impacto deles no dia a dia corporativo. Uma pesquisa da Ernst & Young, em parceria com a Nimbus Ninety, destaca que 81% das organizações entrevistadas concordam que os dados devem pautar qualquer decisão — e não faltam motivos para essa percepção.

De acordo com a PwC, uma das maiores multinacionais de consultoria e auditoria do mundo, organizações data-driven podem superar suas concorrentes tanto em 6% em lucratividade quanto em 5% em produtividade.

Além disso, um estudo da Forrester Consulting afirma que companhias que utilizam ferramentas de gerenciamento de dados para tomarem suas decisões são 58% mais propensas a superar metas de faturamento, quando comparadas àquelas que não o fazem. As empresas data-driven vão ainda além, sendo 162% mais propensas a superar os números de receita.

Melhorias em uma esteira de engenharia saem de análises de indicadores de performance, como as “4 key metrics”. No mais, as evoluções na qualidade do produto se desdobram de indicadores de percepção do cliente em relação ao produto (como performance, incidentes e sucesso), da qualidade de uma solução técnica e de investimentos com dados de observabilidade.

A geração de valor está em conseguir acompanhar o resultado da ação digital no desdobramento do negócio, e essa soma torna todas as ações consistentes e assertivas, e traz para mesa outros racionais.

Pequenos incrementos 

Pode parecer um clichê do ágil, mas é comum vermos iniciativas digitais em que todos os ciclos são extensos, buscando muito mais a  qualidade e perfeição de um recurso do que a construção de um resultado.

Ao trabalhar com pequenos incrementos, você reduz o risco de exposição e se permite fazer pequenos investimentos e colher aprendizados rápidos, evitando o desperdício de tempo de um time, ou seja, economizando dinheiro.

O próprio 2022 State of DevOps Report indica que a alta performance está diretamente ligada a empresas que realizam múltiplas implantações por dia, ou sob demanda, tem um tempo de espera para mudanças entre um dia e uma semana, e têm um tempo para restaurar o serviço de menos de um dia — o que não seria possível se tentassem abraçar o mundo sempre.

Nesse sentido, os times que combinam uma versão controlada de seus projetos com entregas contínuas são 2,5 vezes mais propensos a apresentar alto desempenho.

Autonomia e conexão com resultados

Times com autonomia para conduzir a operação digital, que têm clareza de quais resultados perseguem e têm liberdade para desenhar as soluções mais factíveis, tendem a ser mais eficientes por dois grandes motivos.

O primeiro é que conquistam a capacidade de contar com um grupo maior e mais diverso de pessoas, que, por sua vez, apresentam visões e soluções diferentes para o mesmo problema. O segundo tem a ver com senso de pertencimento, o que impacta diretamente na conexão emocional e na produtividade do time.

A autonomia está ligada à cultura organizacional orientada à performance, marcada por alta cooperação, divisão de responsabilidades e aberta a mudanças, que impulsiona a atração e retenção de talentos, garantindo a estabilidade das equipes.

Cultura de engenharia

Os problemas são resolvidos com ferramentas de engenharia em vez de processos e pessoas. Nesta equação, entram: a automação e aceleração das etapas desde o desenvolvimento (que incluem ferramentas de no/low code, AI for coding); a automação de testes e shift-left de segurança; a automação dos processos de deploy e release; as ações automáticas para redução de custo de infraestrutura com base em demanda; entre outros.

A união dessas técnicas deve visar a não geração de dependências e a liberação das pessoas para aquilo que realmente exige concentração e capacidade cognitiva.

Em suma, muitos dos pontos que apareceram são considerados boas práticas em diferentes lugares, e parecem ser um consenso. Entretanto, diversas organizações manifestam essas características mais como silos aparentes do que como uma operação homogênea que soma competências e constrói um jeito de fazer, tudo em prol de um mesmo objetivo.

Um bom ponto de partida é deixar as pessoas na mesma página e atrás de uma mesma meta, derrubando as barreiras entre áreas e times e estabelecendo uma cultura diferente. Assim, é possível conquistar uma abertura para que as boas práticas deixem de ser apenas isso e passem a gerar, concretamente, eficiência digital.

*Marcos Fernandes é Head of Technology da CI&T, especialista digital para grandes marcas globais.

Saiba mais:

Postado por Marcos Fernandes em 14/03/2023 em Artigos

Para tornar sua experiência mais agradável usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o Portal ERP. Acesse nosso 'Termos de Uso e Política de Privacidade' para saber mais. Ao clicar em 'Aceitar', você consente com a otimização do site pelo uso de cookies.