Nem industrial, nem tecnológica. Você já ouviu falar na Sociedade da Informação e Indústria 4.0?

São muitos os conceitos que tentam definir a sociedade da qual vivemos, tanto no passado, como no presente e no...

São muitos os conceitos que tentam definir a sociedade da qual vivemos, tanto no passado, como no presente e no futuro. Industrial, pós-industrial, contemporânea, moderna, pós-moderna, entre outras. Entretanto, as expressões que mais condizem com a realidade são as chamadas Sociedade da Informação e Indústria 4.0.

A expressão Sociedade da Informação surgiu para substituir, no final do século 20, o conceito de “sociedade pós-industrial”.

Historicamente, a Revolução Industrial foi marcada pela adoção de novas tecnologias, transformando o estilo de vida da humanidade. Nesse período, o aparecimento da máquina-ferramenta mostrou que as mesmas operações parciais, feitas pelo trabalho humano, podiam ser executadas pela máquina – superando as limitações orgânicas do homem.

Aqui, abrimos um parêntese para dizer que foi especialmente para o mercado têxtil que surgiram as primeiras máquinas, com o objetivo de facilitar o processo de produção de roupas.

Ao longo do século 20, parte da humanidade começou a se preocupar no que poderia ser o “fim do trabalho humano”. O principal questionamento era “se a revolução tecnológica levaria para uma sociedade do tempo livre ou para uma sociedade do desemprego”. Essa ainda é uma boa questão a ser refletida!

Na Era Industrial, os insumos baratos eram os de energia. Na Era em que vivemos a informação é a principal mercadoria, matéria-prima e um dos mais baratos insumos, gerando novos canais de comercialização.

Na “sociedade da informação”, os sistemas de comunicação permeiam e viabilizam virtualmente as relações humanas. As informações produzidas nessa Era ficam armazenadas em ambientes online, digitais e acessíveis: nas nuvens!

Mas as mudanças não param por aí. Uma nova indústria – e uma nova tentativa de definir a sociedade – se apresentou, caracterizada pelo casamento de tecnologias físicas e digitais, como inteligência artificial, robótica, Internet das Coisas (Iot), e outros conceitos que ficarão cada vez mais comuns nos noticiários e timelines da tribo informatizada.

É a Indústria 4.0, onde as transformações não são só técnicas, como organizacionais e administrativas. Um estudo, realizado pela empresa de serviços americana Deloitt, revela que essa nova Era compreende quatro pilares principais: estratégia; tecnologia; talentos e força de trabalho; e impacto social.

Na Indústria 4.0, tecnologias, estratégias, pessoas qualificadas, impacto social e econômico e uma cadeia relevante de clientes e fornecedores são algumas das regras dos novos parâmetros de mercado.

Essa transformação resulta na configuração de novos modelos de negócio e pede planejamento e investimento de longo prazo.

É um desafio real para líderes governamentais de todo o mundo. Entretanto, essa adaptação à Indústria 4.0 parece caminhar a passos lentos e nesse momento, é importante uma visão otimista das mudanças, bem como conhecimento e confiança nos novos tempos, nas novas tecnologias e novas relações – pessoais, profissionais e organizacionais.

Os modelos de negócios ultrapassados já não funcionam e aqueles que adotarem com sinergia a Indústria 4.0 ampliarão suas oportunidades concretas de sucesso.